quarta-feira, 18 de março de 2015

Mãe consegue na justiça o custeio do canabidiol

O tratamento já foi feito com diversos medicamentos brasileiros e importados da Argentina e dos EUA, porém, nenhum surtiu efeito.

A moradora de Dionísio Cerqueira, Vera Dalagnol, conseguiu uma liminar na Justiça que determina que o governo de Santa Catarina forneça o medicamento à base de “canabidiol” a sua filha Amanda, de 20 anos, que sofre de epilepsia desde os 10 anos.
Conforme ela, o tratamento já foi feito com diversos medicamentos brasileiros e importados da Argentina e dos Estados Unidos, porém, nenhum surtiu efeito. A menina chegou a ter 80 ataques de epilepsia por dia. Nos últimos tempos, o número reduziu para 30 crises diárias, após uso de quatro remédios convencionais. Vera conta que conheceu o “CBD”, uma substância derivada da maconha, na televisão, por meio de uma reportagem.
Recentemente, o medicamente foi liberado pela Anvisa e surgiu como alternativa para quem sofre da doença. Vera explica que a liberação do medicamento foi um ganho enorme, mas o valor de cada ampola é de U$ 480, cerca de R$ 1.500, tornando o tratamento inviável financeiramente.
Foi então que ela decidiu ingressar na Justiça para pedir o custeio do valor pelo Estado. “O Juiz indeferiu o pedido porque a Anvisa ainda não havia se manifestado sobre o uso do medicamento e acabei comprando o CBD no final do ano”, lembra. Mas, em janeiro de 2015, a Anvisa reclassificou o uso e autorizou a prescrição do canabidiol e a mãe de Amanda decidiu pedir para que a Justiça reconsiderasse a decisão, o que aconteceu.
O governo de Santa Catarina vai fornecer seis ampolas do medicamento por mês para Amanda. Segundo Vera, o quadro da jovem evoluiu cerca de 30% desde o início do tratamento. “Ainda são bastantes convulsões, mas a parte cognitiva e emocional apresentam avanços”, garante a mãe.

Fonte: Peperi




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