quinta-feira, 5 de outubro de 2023

O que é epilepsia?

 
Para entender o que é epilepsia, vale a pena começar pelo local onde ela se manifesta: nosso cérebro é uma central de comando que transmite ordens através dos neurônios, células nervosas que se comunicam umas com as outras por meio de impulsos elétricos.

Praticamente tudo o que o nosso corpo faz é uma resposta obediente a esses comandos cerebrais. A epilepsia acontece quando, por algum motivo, esses impulsos ficam desregulados, mais intensos e demorados. E a partir dessa alteração na comunicação entre os neurônios, o corpo responde de forma adversa.

Quais são os sintomas da epilepsia?

Normalmente, a epilepsia é conhecida pelas convulsões, que são aquelas manifestações marcadas pela contração dos músculos do corpo de forma repetitiva e involuntária. Mas esse não é o único jeito de a doença se manifestar. Formigamentos, descontroles de movimentos, visão e audição alteradas podem ser alguns de seus sintomas também.

O paciente pode ficar fora-do-ar, fazer movimentos automáticos e não lembrar de nada do que fez depois. Também pode entrar em um estado de ausência, uma crise generalizada em que a pessoa “desliga” por alguns instantes e depois retoma o que estava fazendo, como se nada tivesse acontecido.

Qual é a causa da epilepsia?

A epilepsia não tem apenas uma causa: ela pode aparecer em decorrência de um trauma ou lesão no cérebro, por defeitos no metabolismo da pessoa ou até mesmo por predisposição genética (quando outros membros da família têm a doença) e causas congênitas (na formação do bebê durante a gravidez) e outras.

Existem tipos diferentes de epilepsia?

Sim. A epilepsia é classificada de acordo com as regiões do cérebro que são afetadas pelas “descargas elétricas”. Sendo assim, a doença pode ser do tipo:

Epilepsia focal: quando atinge uma parte ou apenas um lado do cérebro. Nesses casos, os pacientes em crise costumam ficar fora-do-ar, perdem a percepção sobre o que estão fazendo.

Epilepsia generalizada: quando compromete os dois lados do cérebro, provocando crises convulsivas e de ausência.

Tipos de epilepsia (focal, generalizada, focal e generalizada em conjunto, desconhecida) e síndrome epiléptica.  

A piora em um quadro de epilepsia focal pode evoluir para um caso de epilepsia generalizada, por isso é importante buscar ajuda médica ao perceber sintomas. Algumas crises podem ser seguidas de um estado de sonolência e confusão, porém outras não.

Quem pode ter epilepsia?

A epilepsia pode começar em qualquer momento da vida e atinge todas as faixas etárias, mas os picos de casos são mais frequentes na infância e entre idosos.

Epilepsia trata-se somente com remédio?

A medicação é o primeiro tratamento recomendado pelos médicos especializados em epilepsia. Em 30% das vezes, porém, os pacientes podem ser fármaco-resistentes, ou seja: eles continuam tendo crises mesmo fazendo uso correto dos remédios. Dizemos que essas pessoas têm epilepsia de difícil controle ou refratária. 

Nesses casos, é fundamental buscar o apoio de um centro especializado na doença , para que seja possível adotar novas medidas para o seu controle.

Outros tratamentos podem ser associados ao uso de medicamentos, como a dieta cetogênica, o estimulador do nervo vago - VNS e a depender do caso, a epilepsia também poderá ser tratada com cirurgia.

O que fazer durante uma crise

Mantenha a calma

Não tenha medo de ajudar

Coloque algo macio sob a cabeça da pessoa

Coloque a pessoa de lado para que ela respire melhor e não sufoque  com a saliva

Tire objetivos que estejam perto e que possam machucá-la

Afrouxe a roupa da pessoa

Na maioria das vezes, as crises são passageiras e terminam espontaneamente

Caso ela persista por mais de cinco minutos, chame uma ambulância e leve a pessoa a um pronto-atendimento

O que não fazer durante uma crise

Não apavorar

Não restringir os movimentos da pessoa ( não segurar braços e pernas)

Não introduzir nada na boca,  não dê nenhum líquido para a pessoa

Não sacudir a pessoa

Não esfregar álcool ou outra substância no corpo da pessoa

Não tentar desenrolar a língua

A babá é saliva em excesso e não tran

smite epilepsia



Fonte: Epilepsy Ontario


Fonte: Portal da Epilepsia



Nenhum comentário:

Postar um comentário