quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Epilepsia e Adolescência

adolescência é uma fase desafiadora para muitos pais, ainda mais para quem tem um filho com doenças crônicas como a epilepsia.

O adolescente com epilepsia, tal qual os demais jovens, precisa exercer sua independência e sua autonomia que são importantes para o seu desenvolvimento emocional.

Diante das profundas modificações biológicas que ocorrem na adolescência, é muito importante que os jovens tenham um acompanhamento médico regular neste período.

Algumas considerações importantes para pais e pacientes:

Medicações:

• O adolescente cresce e ganha peso rapidamente, o que vai exigir ajuste na dose das medicações anticrise para que não haja “escapes”.

• Muitos adolescentes podem parar as medicações anticrise por acreditarem que não precisam mais delas ou, simplesmente, porque não querem tomar medicamentos. A suspensão abrupta da medicação pode ser bastante perigosa e provocar crises, muitas vezes graves. 

Desta forma, orientar adequadamente o adolescente sobre o tema é imprescindível para a prevenção de crises e suas consequências. 

Saúde Mental:

• Atenção à saúde mental é importantíssimo: muitos adolescentes podem ter problemas emocionais decorrentes de ter tido crises em público ou de efeitos colaterais dos medicamentos e isso deve ser discutido com o médico. 

• A depressão não é um problema incomum na adolescência, em especial no adolescente com epilepsia e os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas. 

• Isolamento social, irritabilidade, dores inexplicadas e falta de interesse nas atividades podem indicar um quadro depressivo.

Gravidez:

• Outra questão de muita preocupação é a gravidez na adolescente com epilepsia. A prevenção da gravidez na adolescência já é um desafio e na paciente com epilepsia, ainda mais. 

• Algumas medicações anticrise podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional ou podem dar defeitos congênitos no bebê. Assim, pode ser necessário rever o esquema  terapêutico em uso e escolher o melhor método contraceptivo.

• Conversar sobre o tema é fundamental, não ache que é cedo demais para iniciar uma conversa.

Epilepsia, álcool e privação de sono:

• Frequentemente os adolescentes não querem dormir cedo e o uso em excesso de eletrônicos só piora a questão. 

• Uso de álcool e privação de sono são dois gatilhos muito bem definidos para crises, em especial na Epilepsia Mioclônica Juvenil. 

• Orientar o adolescente a evitar o álcool e ter horas suficientes de sono é muito importante.


Fonte: Portal da Epilepsia 

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