quarta-feira, 27 de maio de 2015

Pais usam maconha medicinal para tratar epilepsia da filha de 3 anos

Com 9 meses de idade, Addyson Benton se contorcia no berço enquanto seus olhos reviravam todos os dias quando começava a pegar no sono. Com o passar do tempo, as convulsões, posteriormente diagnosticadas como epilepsia mioclónica grave e intratável, se intensificaram e se tornaram mais frequentes, sendo quase mil por dia. A doença fez com que seus pais viajassem quase 2 mil km em busca de um medicamento controverso, mas que viria a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da menina: a maconha medicinal.
"Era um pesadelo", contou Heather Benton, mãe da menina que atualmente está com 3 anos de idade. Os remédios tradicionais, segundo ela,  provocavam comportamento agressivo ou a deixavam sonolenta. "Nós não conseguíamos encontrar algo para controlá-los e eles foram ficando pior", disse à rede ABC News.
Ao assistirem um documentário sobre maconha, que teve o uso liberado pelo governo americano no Colorado, a família Benton se mudou para o estado em março na esperança de encontrar um medicamento que funcionasse para Addyson.
A alternativa indicada pela médica Margaret Gedde foi colocar um derivado de maconha sobre o tornozelo da menina, que não falava e teve seu desenvolvimento atrasado devido à doença, todas as manhãs. "Seis horas depois, ela despertou. Começou a falar, imitar as falas da TV e fazer mímicas com as mãos", disse Benton.
Gedde é, desde 2010, um dos poucos membros do corpo médico especializado em maconha medicinal para adultos e crianças no estado. Apesar da legalização, há um de um pequeno número de médicos dispostos a receitá-la em Colorado, onde ainda há estigma em torno dela. A falta de dados e estudos sobre os reais efeitos do tratamento seria o principal motivo pelo temor do uso.
Apesar disso, Addyson está mostrando melhoras. Desde que começou a usar a polêmica droga sobre a pele, a menina teve apenas 3 convulsões. "Fiquei boquiaberta. Nunca imaginei que estaríamos aqui", concluiu Heather".

Fonte: Marie Claire

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