quinta-feira, 21 de abril de 2016

Epilepsia na gravidez

Especialista explica como mulheres que têm a doença devem proceder durante a gestação.
A gravidez é um momento delicado na vida da mulher. É preciso realizar diversos exames e evitar alguns remédios. Um estudo realizado pelo Hospital de Belfast, na Irlanda do Norte, mostra que as gestantes que usam medicamentos para amenizar o ataque epilético podem aumentar o risco de defeitos congênitos na criança.
Foram estudadas mulheres que engravidaram enquanto tomavam o topiramato – anticonvulsivante - sozinho ou com outros remédios. De 178 bebês, 16 apresentaram defeitos congênitos. Quatro deles tiveram fissura do céu da boca e no lábio superior. Foram detectados também quatro bebês masculinos com problemas nas genitais.

O estudo mostrou, ainda, que as mulheres que tomam o topiramato junto com o ácido valpróico – outro remédio para combater a epilepsia – têm mais chances de desenvolverem bebês com algum tipo de problema do que as mulheres que usam o topiramato com outra droga que controle a doença.

Segundo Ana Paula Santiago, ginecologista do Hospital e Maternidade São Camilo (SP), o topiramato ainda está sendo estudado. “Este é um medicamento novo. Mas já sabemos que o ácido valpróico, por exemplo, diminui a absorção do ácido fólico, que leva ao risco do desenvolvimento de problemas na criança”, diz.

As mulheres que têm epilepsia devem programar bem a gravidez, tomar ácido fólico três meses antes e três meses depois de engravidar e conversar com o médico para, se possível, tomar medicamentos que controlem a doença, mas não contenham o ácido valpróico nem o topiramato. 

Fonte: Revista Crescer

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