Para o paciente com epilepsia grave e refratária que foi submetido a cirurgia o resultado não poderia ser mais animador. Desde o procedimento, ele não apresentou mais crises do tipo atônica, que provocam quedas bruscas e risco de lesões. Poucos dias após a cirurgia, ele recebeu alta hospitalar e voltou para casa.
“A calosotomia posterior é feita por meio de uma pequena craniotomia, utilizando técnicas microcirúrgicas e, em alguns casos, neuronavegação para aumentar a precisão. O procedimento consiste na secção seletiva da parte posterior do corpo caloso, estrutura que conecta os dois hemisférios cerebrais. Ao interromper parcialmente essa comunicação, conseguimos reduzir a propagação das descargas epilépticas, preservando áreas motoras e cognitivas essenciais”, explica Dr. Bruno.
Mudanças para o paciente
A cirurgia não representa a cura total da epilepsia, trata-se de um procedimento que busca diminuir de forma expressiva as crises atônicas e generalizadas. Dessa forma o paciente tem a diminuição dos episódios epiléticos e assim uma redução drástica no risco de quedas e traumas.
“Com menos crises, o paciente consegue retomar atividades que antes eram impossíveis ou arriscadas, se sente mais seguro e, naturalmente, tem melhora da autoestima e do convívio familiar e social”, explica Dr. Bruno.
Marco para Santa Catarina
Segundo o Dr. Bruno, esse procedimento significa um marco para a medicina em Santa Catarina, já que, até então, pacientes que necessitavam desse tipo de intervenção precisavam buscar centros especializados em outros estados.
Fonte: Portal TN Sul
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