segunda-feira, 29 de junho de 2015

Tecnologia possibilita pessoas com epilepsia a controlarem crises

Terapia utiliza impulsos elétricos para ajudar a prevenir crises
 
Alguns pacientes com epilepsia, distúrbio neurológico caracterizado por crises epilépticas recorrentes, não respondem satisfatoriamente ao tratamento medicamentoso e não são indicados para a cirurgia por conta dos altos riscos. Para esses pacientes com a chamada epilepsia refratária, a terapia VNS proporciona um controle efetivo das crises, praticamente sem efeitos colaterais, e com grande segurança. A terapia, registrada pela ANVISA, utiliza um gerador que, através de um condutor, envia minúsculos impulsos elétricos ao eletrodo ligado ao nervo vago esquerdo situado no pescoço, ajudando a prevenir irregularidades elétricas que causam as crises. O nervo vago é responsável por enviar impulsos às partes do cérebro e é um grande elo entre o corpo e o órgão. Pais e cuidadores relatam que, com a terapia, a pessoa com epilepsia refratária obtém melhoras significativas nas habilidades de aprender, integrar-se socialmente e estudar. 
O aparelho é colocado por uma cirurgia rápida e simples. Por meio de uma pequena incisão o gerador de pulso é implantado sob a pele abaixo da clavícula esquerda ou próximo da axila esquerda. Uma segunda incisão pequena é efetuada no pescoço para fixar dois pequenos eletrodos ao nervo vago esquerdo. Os eletrodos são ligados ao gerador por um condutor sob a pele. O gerador da Terapia VNS, que gera pequenos impulsos elétricos automaticamente, é ligado duas semanas depois da cirurgia, e programado pelo médico com a frequência adequada à necessidade do paciente. A programação é efetuada por um palmtop conectado a uma ferramenta que é posicionada sobre o lugar onde o gerador foi implantado. Não produz dor e pode ser feito sobre a roupa. O paciente deverá frequentar regularmente seu médico para acompanhar o progresso da terapia. 
Proporcionando um maior controle, o paciente recebe um ímã especial e, ao sentir a chegada de uma crise, passa o ímã sobre o gerador possibilitando a liberação do estimulo que inibe ou diminui a severidade da crise, atuando também na melhora do período de recuperação. A bateria do gerador da terapia dura, em média, de 4 a 7 anos, dependendo da programação dos estímulos. A troca do aparelho da Terapia VNS é realizada em uma cirurgia simples, na qual é substituído o gerador implantado no tórax por um novo.

Fonte: Portal Nacional de Seguros


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