A Comissão de Finanças e Tributação aprovou projeto que inclui a
epilepsia e o lúpus entre as doenças cujos portadores são dispensados de
cumprir o prazo de carência para usufruir dos benefícios de
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez (PL 7797/10).
O projeto altera a Lei 8.213/91, que trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social.
A norma dispensa portadores de determinadas enfermidades (como
tuberculose ativa, hanseníase e câncer), desde que segurados do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de contribuir por 12 meses antes de ter acesso ao auxílio-doença e à aposentadoria por invalidez.
Adequação
A proposta é oriunda do Senado e recebeu parecer favorável da relatora,
deputada Soraya Santos (PMDB-RJ). Coube à Comissão de Finanças e
Tributação analisar apenas a chamada “adequação orçamentária” do
projeto, ou seja, seus efeitos sobre o Orçamento federal.
Soraya Santos: emendas para adequar despesas ao Orçamento federal
O texto, segundo a relatora, tem o potencial de ampliar despesas com
os benefícios do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez
Soraya Santos apresentou uma emenda para determinar que a dispensa
da carência só será colocada em prática no ano seguinte ao da sanção da
lei oriunda do projeto. Isso daria tempo para que o impacto da proposta
fosse incluído no projeto orçamentário que entraria em vigor no ano
seguinte.
Avaliação
A relatora propôs ainda uma segunda emenda, sugerida pelo deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que obriga os portadores de lúpus e epilepsia a se submeter a avaliação por junta médica para atestar a incapacidade para o trabalho e a desnecessidade do cumprimento da carência de 12 meses para receber a aposentadoria especial.
O lúpus é uma doença rara provocada por um desequilíbrio do sistema
imunológico. As células atacam os tecidos do próprio organismo, como
pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Entre os
sintomas estão fadiga, erupções, sensibilidade aos raios solares e
alterações no sistema nervoso.
Já a epilepsia é uma doença neurológica que, em grau avançado, pode
causar convulsões, espasmos musculares e perda de consciência.
Tramitação
O PL 7797 tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Jornal Floripa
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