segunda-feira, 27 de junho de 2016

Chance de cura para determinados tipos de epilepsia chega a 90% com cirurgia cerebral

A formação cortical e o processo de acomodação dos neurônios foram debatidos no terceiro dia do Congresso Mundial do Cérebro, em Buenos Aires. Durante apresentação do neurologista André Palmini, foram exibidos vídeos de diferentes casos de epilepsia.

 De acordo com o estudo, a chance de controlar com medicamentos a displasia cortical, que provoca crises de epilepsia, é de apenas 24%, enquanto outros males, como o tumor, têm 35% de chances. No entanto, as chances de cura de crises de epilepsia com cirurgia chegam a 90%, dependendo dos casos, como explica André Palmini.

 ‘Para os casos de epilepsia de lobo temporal, a cura por cirurgia chega a 90%. Já em outros tipos, como a epilepsia causada por displasia cortical, a chance de cura por cirurgia varia de 50% a 70%’, segundo o neurologista.

 Durante a apresentação, foram exibidos vídeos com exemplos de pacientes com crises graves de epilepsia que foram controladas ou sanadas com a cirurgia no cérebro. Em uma das gravações, foi exibido o caso de um homem que trabalhava como chaveiro e acabou furando a mão. Após o acidente, a mão dele passou a ter movimentos involuntários contínuos, provocando um enorme mal estar. Por causa disso, o paciente chegou a pedir para amputar a mão.

 No entanto, foi descoberto que ele tinha um tipo de epilepsia desencadeada pelo acidente. Com a cirurgia no cérebro, o homem recuperou os movimentos voluntários da mão. A formação dos neurônios durante a gestação e o processo de subida dos neurônios para o córtex cerebral foram apresentados de forma didática, como um quebra-cabeça genético. Palmini destacou ainda que o entendimento do funcionamento cerebral permite o tratamento adequado para milhares de doenças.

 Em alguns casos, por exemplo, pessoas que aparentam deficiência mental por não conseguir falar corretamente podem ter a área de inteligência normal e não conseguir expressar a linguagem por uma questão motora, por alguma deficiência na área do cérebro que controla o bulbo e a língua.

Fonte: CBN Ciência e Saúde

2 comentários:

  1. Boa tarde, sou portador de epilepsia no lobo temporal há 18 anos, nunca conseguiram fazer nada de mim, já tomei keppra e outros que não me lembro, hoje em dia estou com topiromato, zebinix e fycompa
    Tenho movimentos involuntários desde de sempre, devido há medicação às crises e ausências mudaram. Parece que estou a passar um terror outra vez. Essa cirurgia podia ser a meu favor?
    Obrigado
    Cumprimentos
    Diogo de Sousa
    Portugal
    Tenho 28 anos e trabalho e não é nada fácil saber lidar com isto tudo, trabalho, familia, amigos etc
    Muitos pensam que sou doido
    Mas só eu sei o que sinto às x o melhor mesmo era cabeça fora, para não sentir nada, percebi que qualquer emoção que tenha, felicidade, tristeza, irritação, rever pessoas que gosto, conhecer cidades etc tenho sempre crises :-[

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    1. Ola, sem dúvida ainda existe o preconceito por boa parte da sociedade por falta de informação, o mercado de trabalho que é extritamente fechado para as pessoas com epilepsia, muitos tem plenas condições de trabalho, ótimo que você esta trabalhando e que continue, infelizmente ainda dizem que a doença é contagiosa o que leva a pessoa a perder relacionamentos, amizades, trabalho, pela falta de informação, quando se precensiam um crise convulsiva as pessoas imaginam coisas que não tem nenhum sentido, na epilepsia cada caso é um caso, pois são diversas, a medicação que pode trazer resultados para uma pessoa, para a outra pode não trazer nenhum resultado que se esperava, conversar com o médico sobre as possibilidades de tratamento é bom, mas existem casos em que o controle das crises é bastante dificil de se conseguir, mesmo fazendo uso de vários medicamentos.

      Obrigado pela visita e não se deixe abalar pelas dificuldades que você pode lhe dar no dia a dia o que ainda infelizmente é muito comum.
      Abraços

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