quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Província argentina legisla uso medicinal da maconha

A província argentina de Chubut (sul) aprovou o uso de cannabis com fins medicinais, a qual será fornecida nos hospitais públicos dessa jurisdição, informou a imprensa local.

Os legisladores provinciais aprovaram por maioria o projeto impulsado pelo opositor Frente para la Victoria (FPV, peronismo) para que o óleo de cannabis seja incluído no sistema de saúde pública de Chubut, como tratamento alternativo para certas patologias.

O ministério de Saúde de Chubut deverá regulamentar a lei nos próximos 90 dias para que esta comece a ser aplicada nos hospitais públicos da província. Segundo a norma, o óleo de cannabis poderá ser usado para "o tratamento da síndrome de Dravet (epilepsia) e outras patologias".


A lei também inclui o óleo de cannabis na lista de remédios que devem ser fornecidos pelo seguro social dos funcionários públicos. Na Argentina, o cultivo da maconha é ilegal, e seu uso com fins medicinais não é aprovado a nível nacional.

Em junho passado, o Congresso nacional iniciou um debate sobre uma eventual legalização do uso medicinal do óleo de cannabis.

O tema ganhou força a partir da mobilização social em apoio a uma menina de três anos com epilepsia refratária. Seus pais conseguiram que a justiça decidisse a favor de que seu seguro de saúde bancasse um tratamento que requer importar óleo de cannabis dos Estados Unidos.

Várias iniciativas que buscam modificar a lei de drogas para despenalizar o cultivo estão pendentes de revisão. 
Fonte: Correio Braziliense
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Evento: Dia Latino Americano da Epilepsia

Dia 9 de setembro é o Dia Latino Americano da Epilepsia

Este evento tem o objetivo de informar, esclarecer dúvidas e conscientizar a população sobre a epilepsia e suas consequências.
Por este motivo a orientação e o esclarecimento entre as pessoas receberá o apoio da LBE – Liga Brasileira de Epilepsia, entidade que  congrega médicos e profissionais de saúde com interesse em epilepsia e que procura manter atualizado o conhecimento sobre esta doença no meio científico.



LOCAL:

•  Centro de Convenções Rebouças
ENTRADA PRINCIPAL (Pedestres) – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23 – Metrô Clínicas
ENTRADA (Estacionamento) – Av. Rebouças, 600 – Pinheiros

HORÁRIO:

•  Das 9:00 às 13:00h

PROGRAMAÇÃO:

•  9:00h – Abertura
•  9:15h – A genética na epilepsia – Drª Luciana Inuzuka
•  9:45h – Dieta Cetogênica para epilepsia – Drª Letícia Sampaio e Nutricionista Cristina Takakura
•  10:15 às 10:45h – Intervalo
• 10:45h – A caracterização da pessoa com deficiência para lei de cotas. – O uso  CIF e  CID – Dr. José Carlos do Carmo
• 11:15h – Qualidade de Vida em epilepsia – Eduardo Caminada Junior
• 11:45h – O uso do VNS – Dr. Lécio Figueira
• 12:15h – Convivendo com a  epilepsia – Psicóloga Nívia Colin
• 12:45h – Encerramento

Fonte: Liga Brasileira de Epilepsia


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Um terço das pessoas com epilepsia não usa remédios regularmente

Sem uma adesão correta, o risco de a doença sair do controle sobe bastante.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia. E um time de pesquisadores alemães chama a atenção para o fato de que provavelmente boa parte dessa turma não está cuidando direito da doença. O alerta foi soado depois de eles analisarem dados de 31 317 portadores do problema. Aí, notaram que quase um terço não tomava os medicamentos na frequência que deveria. Segundo o trabalho, os remédios mais modernos apareceram com uma taxa de aceitação maior — sinal de que são mais bem tolerados. 
A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por eventuais descargas elétricas no cérebro que geram as crises. Elas podem acontecer a qualquer hora, provocando perda de consciência e movimentos involuntários. Esses sintomas acabam constrangendo seus portadores — o que inclusive prejudicaria a adesão ao tratamento. Vale ressaltar que, com o uso correto da medicação, uma  parcela significativa dos indivíduos pode levar uma vida normal. 
 
 Confira como se portar diante de uma crise:
 1. Em primeiríssimo lugar, mantenha a calma! As crises tendem a passar com o tempo
2. Coloque a pessoa deitada de lado e com a cabeça elevada
3. Remova da área objetos perigosos com os quais a pessoa possa se ferir
4. Não introduza nada em sua boca e não prenda sua língua com colher ou outro objeto. Isso pode asfixiá-la — e você ainda corre o risco de tomar uma mordida
5. Não dê nada para a pessoa beber ou comer
6. Aguarde a respiração do paciente se normalizar e ele querer se levantar e o ampare nesse momento
7. Chame uma ambulância se a crise durar muito tempo, for seguida por outras ou caso a pessoa não recupere a consciência


Fonte: Revista Saúde
 

 
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Adolescente que sofre de epilepsia tem direito a acompanhamento escolar individualizado

O Colégio Estadual Lyceu de Goyas terá de contratar um professor de apoio para acompanhar, individualmente, um estudante que sofre de epilepsia e que, por causa disso, teve o aprendizado escolar prejudicado. A decisão é da 4ª Câmara Cível, nos termos do voto do relator, o juiz substituto em segundo grau Sérgio Mendonça de Araújo, que ponderou a necessidade de a escola, situada na cidade de Goiás, “integrar e não separar ou discriminar seus alunos”.
Consta dos autos que o jovem, de 16 anos, começou a ter crises epiléticas constantes a partir dos 5 anos de idade. Para tratamento, foi submetido a cirurgia para retirada do lobo frontal esquerdo, que representou perda de 25% da massa cerebral. Hoje, ele ainda sofre com, em média, três crises diárias e, em decorrência do quadro, apresenta dificuldades motoras e de fala. Em 2014, o estudante teve acompanhamento escolar com um pedagogo, mas a assistência fora suspensa no ano seguinte, o que resultou dificuldade para acompanhar o conteúdo didático.
Segundo o magistrado relator, a educação é um direito constitucionalmente assegurado, conforme artigos 6º e 205 da Carta Magna. “O dever do Estado para com a educação da criança e do adolescente é também efetivado mediante a garantia de atendimento especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.”
Nesse aspecto, Sérgio Mendonça de Araújo destacou, também, que o Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD) prevê a inclusão social e cidadania para todos, a fim de promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. “Incumbe ao poder público assegurar o projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características aos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de suas autonomias”.
Dessa forma, o colegiado confirmou o mandado de segurança, deferido em primeiro grau pela juíza Alessandra Gontijo do Amaral, titular da 1ª Vara Cível da comarca de Goiás. Para endossar a necessidade do acompanhamento pedagógico, Sérgio Mendonça de Araújo ponderou os boletins escolares “com notável melhora” durante período no qual o estudante teve acompanhamento e, ainda, relatórios técnicos de uma psicóloga e uma neurologista que atestam a necessidade de atenção especial ao aluno.

Fonte: Âmbito Jurídico

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Diagnóstico da epilepsia: atenção ao coração

Há muito a epilepsia é caracterizada como um distúrbio do cérebro, mas pesquisadores da Case Western Reserve University descobriram que parte das funções do sistema nervoso autônomo atua de forma diferente na epilepsia, durante a ausência de convulsões. Esta descoberta da divisão involuntária do sistema nervoso pode ter implicações para o diagnóstico e o tratamento da doença, além de possibilitar uma melhor compreensão dos casos de morte súbita por epilepsia (SUDEP). A pesquisa foi publicada no Journal of Neurophysiology.
Todos os resultados do estudo registram a variabilidade da frequência cardíaca na epilepsia e do aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático durante o sono. Mas os cientistas ainda não sabem se as anormalidades compensam a epilepsia, coincidem com a doença ou fazem parte de sua etiologia.
Especificamente, o sistema nervoso parassimpático modula a respiração e diminui a frequência cardíaca das crianças com epilepsia substancialmente durante o sono, mais do que em crianças saudáveis.
Os pesquisadores também descobriram que várias crianças que tinham sido diagnosticadas como neurologicamente normais – mas tiveram uma modulação forte semelhante e frequências cardíacas baixas – foram posteriormente diagnosticadas com epilepsia. A descoberta sugere que as alterações no sistema nervoso parassimpático precedem o aparecimento da epilepsia em crianças.

A pesquisa

Para chegar a essas conclusões, o grupo de pesquisadores acompanhou os eletrocardiogramas de 91 crianças e adolescentes com epilepsia  diagnosticada e o de 25 crianças neurologicamente normais, durante 30 minutos na fase 2, ou de sono leve. Nenhum indivíduo  teve uma convulsão durante esses intervalos.
Os pesquisadores descobriram que a arritmia sinusal respiratória (ASR) foi mais pronunciada em pacientes com epilepsia e que a sua frequência cardíaca também foi significativamente menor.
Os pesquisadores não encontraram nenhuma diferença na pressão arterial entre os dois grupos de crianças, indicando que o sistema nervoso simpático, que é responsável por respostas de luta-ou-fuga, não está envolvido.
Todas as crianças no estudo fizeram eletroencefalogramas para monitorar sua atividade cerebral durante um período de sono de 30 minutos. Não houve atividade anormal encontrada lá.

Ramificações

As diferenças na arritmia sinusal respiratória, entre crianças com epilepsia e sem a doença, podem ser capazes de identificar os limiares, ou biomarcadores, para diagnosticar aqueles com epilepsia ou em risco de desenvolver a doença.
“Os pesquisadores dizem que as descobertas também levantam a possibilidade de que os medicamentos que ajudam a controlar o sistema nervoso autônomo possam ajudar a  controlar a epilepsia. O estudo pode ser um fator contribuinte fundamental. A frequência cardíaca e o declínio drástico da respiração após uma convulsão são sintomas importantes. Se eles já são baixos, ou se baixaram ainda mais, podem deixar uma criança sem respiração ou sem pulso”, afirma o  neurologista, Willian Rezende do Carmo.

Fonte: Dr. William Rezende do Carmo