A Comissão Europeia aprovou a indicação terapêutica de um
medicamento da farmacêutica portuguesa BIAL para a epilepsia. O
medicamento destina-se a adolescentes e crianças com mais de seis anos.
Em comunicado enviado esta terça-feira, a BIAL refere que o
medicamento para a epilepsia “está agora indicado em todos os países da
UE como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e
crianças com mais de seis anos com crises epiléticas parciais, com ou
sem generalização secundária”.
A epilepsia é uma das doenças
neurológicas mais comuns em todo o mundo, atinge 50 milhões de pessoas,
sendo que só na Europa, onde há 6 milhões de portadores, são detetados
todos os anos 100 mil novos casos em crianças e adolescentes. Segundo a
empresa, esta aprovação tem como base “vários estudos que demonstram a
eficácia e segurança deste fármaco, nomeadamente ao nível neurocognitivo
(capacidade de concentração, processamento de informação e memória)”.
O acetato de eslicarbazepina representa o primeiro fármaco de patente nacional.
Este medicamento para a epilepsia representou “um marco histórico” para
a indústria farmacêutica portuguesa quando, em 2009, foi aprovado pela
Comissão Europeia. Em 2013, este medicamento foi também aprovado pelo
regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA).
Atualmente, é comercializado em vários países europeus (entre os quais o
Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e França) e nos EUA e Canadá.
Nos
últimos anos, em média, BIAL tem canalizado mais de 20% da sua
faturação anual (mais de 40 milhões de euros) para I&D centrada nas
neurociências, no sistema cardiovascular e imunoterapia alérgica. “A
investigação de novas soluções terapêuticas continuará a ser um dos
alicerces da expansão internacional do grupo BIAL, atualmente com
produtos disponíveis em mais de 55 países”, sublinha a farmacêutica.
Fonte: Observador
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