quinta-feira, 30 de março de 2017

Terceira edição do Purple Day Brasília reúne familiares e pessoas com epilepsia no Parque da Cidade

3ª edição do Purple Day Brasília. Realizado pela ONG Viva Além das Crises e pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia da Câmara Legislativa.

Neste domingo de manhã (26), o deputado Delmasso (Podemos), participou  da 3ª edição do Purple Day Brasília. Realizado pela ONG Viva Além das Crises e pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia da Câmara Legislativa, o Dia Mundial de Conscientização aconteceu no estacionamento do parque Ana Lídia, no Parque da Cidade. A data celebrada anualmente em 26 de março surgiu para dar visibilidade às dificuldades que as pessoas com epilepsia e seus familiares enfrentam no dia a dia, propondo uma conscientização e combate ao preconceito.

Danielle Delmasso, que tem uma filha com epilepsia, falou sobre a importância do Purple Day. “A epilepsia não é contagiosa. As pessoas não precisam ter medo”, afirmou

Presidente da ONG Viva Além das Crises, Danielle Delmasso, que tem uma filha com epilepsia, falou sobre a importância do Purple Day. “No dia 26 de março fazemos essa mobilização mundialmente, com o objetivo de mostrar para a pessoa que tem epilepsia que ela não está sozinha. A epilepsia não é contagiosa. As pessoas não precisam ter medo”, afirmou.
O secretário de Saúde Humberto Fonseca esteve no evento e falou em prol da causa. “A epilepsia é relativamente comum. Ela causa crises convulsivas e por isso as pessoas se sentem amedrontadas. A condição não é contagiosa. A população precisa conhecer mais para não ter preconceito”, disse.
iniciativa de Delmasso, que tem lutado pelos Direitos da Pessoa com Epilepsia. A Lei n° 5625/2016, que inclui o canabidiol na lista de medicamentos distribuídos gratuitamente na rede pública de saúde é de autoria do parlamentar. O benefício agora integra o Programa de Prevenção à Epilepsia e Assistência Integral às Pessoas com Epilepsia no Distrito Federal . “Esse ativismo do deputado em relação à causa é muito bonito. Foi uma honra receber esse convite para estar aqui e ver de perto esta luta”, finalizou.
O deputado Rodrigo Delmasso destinou R$ 178.00,00, através de emenda parlamentar, para a compra de todos os medicamentos que visam atender os pacientes com epilepsia.
Delmasso também a cartilha com o tema: “Epilepsia, Viva sem preconceito”, que ensina que epilepsia não é contagioso e a como ajudar as pessoas durante uma crise. Em sua fala, o parlamentar afirmou que em abril vai começar a realizar campanhas nas escolas com palestras para professores e alunos, que serão realizadas pela Frente Parlamentar e pela ONG Viva Além das Crises. “Nós vamos nas escolas e nos bairros entregar as cartilhas e mostrar que o preconceito é contagioso, a epilepsia não”, disse.

178.00,00, através de emenda parlamentar, para a compra de todos os medicamentos que visam atender os pacientes com epilepsia. Delmasso também já adiantou que na próxima 3ª feira vai protocolar o Projeto de Lei que institui a Política Pública de Trabalho, Emprego e Renda para pessoas com Epilepsia no DF. Segundo Delmasso, essa política visa desmistificar que a pessoa com eplipesia não pode trabalhar. “Em algumas situações, a pessoa não pode trabalhar mesmo, mas em muitos casos, ela pode ser produtiva. Muitas vezes, o preconceito impede a pessoa com epilepsia de conseguir um emprego. Por isso, esse projeto será uma grande vitória para as famílias e pacientes”, comemorou.
Alaíde, paciente com epilepsia, contou que já sofreu preconceito dentro de ônibus e na própria família. “Já passei por muito preconceito. Sofri muito! Há 20 anos era muito diferente. Hoje fazemos palestras nas escolas e eu estou muito bem. Nunca mais tive crises. Eu não poderia faltar a um evento como esse”, relatou.
O evento contou a participação de uma equipe do SAMU, que palestrou e demonstrou como se deve socorrer um paciente durante uma crises epilética.  Uma equipe da CAESB também deu suporte oferecendo água aos participantes.


Fonte: O Democrata
 








quarta-feira, 22 de março de 2017

Cientistas usam eletricidade para sincronizar cérebro e melhorar memória

Pesquisadores do Imperial College de Londres descobriram que a aplicação de uma corrente de baixa tensão sobre a cabeça pode melhorar a memória de trabalho de curto prazo.
A equipe descobriu que aplicar uma corrente elétrica fraca através do couro cabeludo ajudou a alinhar diferentes partes do cérebro, sincronizando suas ondas cerebrais e permitindo que eles mantenham a mesma batida.
Na pesquisa, realizada em colaboração com o University College de Londres, os cientistas usaram uma técnica chamada estimulação transcraniana de corrente alternada (TACS) para manipular o ritmo normal do cérebro.
A equipe usou a técnica para direcionar o estímulo a duas regiões do cérebro, o giro frontal médio e o lóbulo parietal inferior, que são conhecidos por estarem envolvidos na memória de trabalho.
Dez voluntários realizaram tarefas de memória que aumentavam de dificuldade, enquanto recebiam a estimulação. A frequência foi realizada de forma não sincronizada, ou seja, em momentos diferentes nas partes do cérebro, ao mesmo e também como uma "explosão rápida".
Nas experiências de memória de trabalho, os participantes olharam para uma tela em que os números brilharam e tiveram de se lembrar se um número era o mesmo que o anterior, ou no caso do julgamento mais difícil, se o número atual correspondia ao que tinha sido visto em duas imagens antes.
Os resultados mostraram que quando as regiões do cérebro foram estimuladas em sincronia, os tempos de reação nas tarefas de memória melhoraram, especialmente no exercício mais difícil de memorizar duas sequências de números.O melhor resultado apareceu quando as duas ondas tiveram o mesmo ritmo e ao mesmo tempo..
Usando uma ressonância magnética a equipe conseguiu visualizar as mudanças na atividade que ocorrem durante a estimulação, com a corrente elétrica modulando o fluxo de informações.
Os pesquisadores esperam que a técnica possa ser usada em pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral ou que têm epilepsia. O próximo passo é verificar se a estimulação cerebral funciona em pacientes com lesão cerebral, em combinação com imagens onde a comunicação de longo prazo do cérebro foi prejudicada.

Fonte: Cérebro e Mente - Notícias Ciência e Saúde

quinta-feira, 16 de março de 2017

Atleta com epilepsia desafia convulsões durante corridas para continuar competindo

Em um momento, ela esta correndo junto a outros competidores. No outro, esta inconsciente, caída no chão e espumando pela boca. Após passar alguns segundos tendo convulsões, Katie Cooke se levanta e segue em frente - ela está determinada a não deixar que a epilepsia crônica a tire das competições.
Ela teve problemas na escola por conta disso e não conseguiu estudar com afinco durante o ensino médio. Mas conseguiu fazer um curso supletivo e entrar para uma universidade, onde estuda gestão esportiva.
Seu médico diz que ela é "uma jovem incrível" por tudo que conseguiu fazer, mesmo tendo fortes convulsões diariamente.
Apesar de muitas pessoas levarem um susto quando a veem caindo no chão em uma corrida, Doherty acredita que estar em público quando isso ocorre pode ajudar outras pessoas que sofrem do mesmo problema.
"Precisamos ajudar para que as pessoas levem a vida mais normal possível e sejam incentivadas a fazerem tudo que quiserem. A maior barreira não é a segurança, mas a percepção alheia."
Mas ela não foi sempre do tipo esportivo. Diagnosticada aos 9 anos, ela conseguiu manter o problema sob controle com medicação; mas, quando entrou na puberdade, piorou por conta dos hormônios.
"Não conseguia sair da cama. Não era capaz de fazer qualquer coisa sozinha, não conseguia falar. Minha mãe me vestia e me dava banho."
Katie chegou a ser internada por dez meses, mas, apesar de ter participado de diversos testes de tratamentos, sua condição se deteriorou, e ela perdeu o controle da coluna e da cintura. Quando foi mandada para casa, não conseguia andar.
"Fiquei em uma cadeira de rodas por sete meses, mas, como sou muito teimosa, queria provar o que era capaz de fazer. Depois de muita fisioterapia, comecei a correr todos os dias, e amei essa liberdade."


Hoje, ela corre todos os dias e diz que, se perde um treino, sente o cansaço e tontura de antes retornarem. Mas, apesar de a corrida aliviar seus sintomas, não é uma cura.
O aumento da frequência cardíaca durante a atividade física a leva a ter mais convulsões do que se não praticasse o esporte. Mas Katie diz que os benefícios compensam o sacrifício.
Seu médico tem uma visão semelhante. "Há alguns desafios se você tem epilepsia crônica e quer correr longas distâncias, mas, se você só caminhar, também vai ter os mesmos desafios, então, as vantagens superam os riscos", diz Colin Doherty.
O cérebro é composto por 3 bilhões de células, todas elas ativas - mas não ao mesmo tempo. O órgão é como uma máquina que funciona de forma dessincronizada. A epilepsia ocorre justamente quando as células são ativadas em sincronia.
Se um milhão delas funciona ao mesmo tempo, isso afeta o comportamento de uma pessoa. Se 3 bilhões são ativadas em conjunto, ocorre um ataque epiléptico.
Há cerca de 40 tipos de epilepsia. Em algumas pessoas, elas apenas "saem do ar". Outras apenas ficam confusas. E muitas têm convulsões, como Katie.
Participar de corridas parecia ser inviável. Assim que ela tinha um ataque epiléptico, paramédicos a tiravam da prova. Ao comentar sobre isso com seu médico, ele se ofereceu para ser seu companheiro de corrida e ajudá-la durante as convulsões.
"Sou um especialista em epilepsia, então, minha função é impedir que as pessoas a levem para uma ambulância. Apenas fico ali dizendo: 'Katie está bem, sou seu médico, ela vai se recuperar'."
A epilepsia de Katie permite que ela se recupere imediatamente após um ataque. Pode se levantar e seguir em frente. Doherty suspeita que seu bom preparo físico ajuda nesta rápida recuperação.
"Katie leva a corrida a sério. Ela treina bem. Estou muito confiante de que essa é uma experiência positiva para ela."

Além do esporte e da faculdade, Katie também tem uma vida social saudável e um namorado, Jack, que está ao seu lado quando ela tem ataques à noite.
"Ele é uma das pessoas mais tranquilas que conheço e consegue dormir enquanto estou tendo convulsões, o que é um pouco estranho", conta ela. "Ele só acorda de vez em quando, porque alguns ataques são bem violentos. Já dei um tapa na cara dele, e ele simplesmente voltou a dormir."



Às vezes, os ataques noturnos trazem alucinações - ela diz ver um homem atrás dela. São esses episódios que a deixam mais cansada. "Não consigo dormir nada."
Ela teve problemas na escola por conta disso e não conseguiu estudar com afinco durante o ensino médio. Mas conseguiu fazer um curso supletivo e entrar para uma universidade, onde estuda gestão esportiva.
Seu médico diz que ela é "uma jovem incrível" por tudo que conseguiu fazer, mesmo tendo fortes convulsões diariamente.
Apesar de muitas pessoas levarem um susto quando a veem caindo no chão em uma corrida, Doherty acredita que estar em público quando isso ocorre pode ajudar outras pessoas que sofrem do mesmo problema.
"Precisamos ajudar para que as pessoas levem a vida mais normal possível e sejam incentivadas a fazerem tudo que quiserem. A maior barreira não é a segurança, mas a percepção alheia."



Fonte: BBC BRASIL





quinta-feira, 9 de março de 2017

Projeto epilepsia e suas manifestações é apresentado a representantes de orgãos de saúde

Diversos orgãos e instituições estarão unidos durante a Semana de Estudos sobre a Epilepsia para promover uma série de ações e atividades, com o objetivo de divulgar e esclarecer a população sobre os sintomas e tratamentos da doença.

O médico neurocirurgião, André Motta, apresentou nesta segunda-feira (06/03) o projeto Epilepsia e suas Manifestações Neuropsiquiátricas e Viscerais a integrantes de diversos órgãos de saúde, durante reunião realizada no auditório do Ministério Público de Rondônia, em Porto Velho.
A atividade integra o calendário preparatório para a Semana de Estudos sobre a Epilepsia, prevista para ocorrer no período de 20 a 24 de março, na Capital. A iniciativa é uma promoção da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério Público de Rondônia, por meio do Centro de Apoio Operacional de Saúde (CAOP-Saúde).
Em sua apresentação, André Motta, que pertence ao quadro do Instituto de Neurologia da Amazônia Ocidental, buscou traçar uma panorama da doença, expondo suas diversas formas de manifestação e tratamento.
A participação do médico foi precedida por uma breve explanação do Procurador de Justiça Edmilson José de Matos Fonseca, coordenador do Projeto Epilepsia em Debate, desenvolvido pelo MP/RO.
Semana
Diversos órgãos e instituições estarão unidos durante a Semana de Estudos sobre a Epilepsia para promover uma série de ações e atividades, com o objetivo de divulgar e esclarecer a população sobre os sintomas e tratamentos da doença.
A Semana será aberta no dia 20 de março, às 8h30, com atividade na área frontal da Policlínica Oswaldo Cruz. No dia 21, será realizado na Escola Major Guapindaia, o Seminário A Epilepsia em Debate na Sociedade, tendo como palestrante o Procurador de Justiça Edmilson Fonseca e como mediador o Secretário de Saúde Adjunto, médico Luis Eduardo Maiorquin. No período de 22 a 24, os órgãos parceiros deverão desenvolver atividades e programações junto a unidades de saúde e instituições de ensino.
Fonte: ASCOM MP /  RO

sexta-feira, 3 de março de 2017

Estudo revela que rejeição social á epilepsia é 'quase nula' em Portugal

Um estudo sobre a perceção da epilepsia em Portugal revela que a rejeição social face à doença é "quase nula", que 98% dos portugueses já ouviu falar desta patologia e que 45,5% dos inquiridos já presenciou uma crise epilética.

A investigação, a que a Lusa teve acesso, constatou uma mudança global de mentalidade nos últimos 40 anos, comparativamente com estudos semelhantes realizados em outros países, havendo, entre os portugueses, "um grande grau de abertura" perante a doença.
O estudo, que foi desenvolvido pela Liga Portuguesa Contra a Epilepsia e pela farmacêutica BIAL, verificou que 28% dos inquiridos conhece alguém com epilepsia e 97% nega discriminação face à doença ou face a pessoas com epilepsia. Revela ainda que 72% dos participantes associa a epilepsia a uma doença do sistema nervoso e 85,4% sabe que a epilepsia não é um tipo de atraso mental ou demência.
Mais especificamente, quando questionados se equacionariam casar com alguém com epilepsia, 64,5% dos inquiridos responderam que sim, 15,6% reconhece que hesitaria e 5,4% responde que não. Já no que toca às crianças, quase 90% dos inquiridos deixaria os filhos brincar com crianças epiléticas, sendo que 1,8% recusaria.
Mais de 96% não teriam qualquer problema em conviver socialmente e ser amigo de uma pessoa com epilepsia. Também em termos laborais, concluem o estigma parece estar a desaparecer, já que 83% dos inquiridos contratariam um doente com epilepsia caso fossem donos de uma empresa.
A segunda fase do estudo, que agora vai iniciar-se, vai avaliar a perceção dos doentes de epilepsia, nomeadamente a forma como a doença influencia o seu dia-a-dia e as relações familiares e sociais.
"Vamos agora avaliar qual a posição dos doentes, que se estima serem 50 mil no nosso país. Notou-se que os inquiridos mostraram ainda algumas incertezas sobre as causas (nomeadamente hereditariedade) e tratamentos da doença. Isto é perfeitamente compreensível, até porque mesmo do ponto de vista dos clínicos especializados nesta área há muitas interrogações por responder, o que vem reforçar a importância de obter mais apoios para a investigação clínica e laboratorial", afirmou o neurologista Ricardo Rego, coordenador da delegação norte da LPCE -- Liga Portuguesa Contra a Epilepsia.
O especialista considerou que as conclusões deste estudo provam "uma mudança de mentalidades face à doença e uma atitude de abertura muito positiva em relação às pessoas com epilepsia".
Segundo o diretor-geral da BIAL, José Redondo, este estudo é a primeira etapa de "um projeto maior de sensibilização e informação sobre a epilepsia", que será lançado ainda este ano em parceria com a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia e a EPI -- Associação Portuguesa de Familiares Amigos e Pessoas com Epilepsia, e que "vai juntar numa plataforma multimédia um conjunto de dados sobre a doença relevantes para as pessoas que vivem com epilepsia, seus familiares, profissionais de saúde e público em geral."
Fonte: Notícias ao Minuto