segunda-feira, 30 de março de 2015

Deputados da Geórgia, nos EUA, aprovaram lei da maconha medicinal

Lei descriminaliza porte de maconha em óleo para tratar oito doenças. Quando a lei for assinada, será 24º  estado no país a legalizar a maconha medicinal.
Deputados do estado da Geórgia (sudeste dos Estados Unidos) aprovaram na quarta-feira (25) um projeto de lei que descriminaliza, embora de forma limitada, o uso da maconha para o tratamento de certas doenças.
Se for assinada pelo governador Nathan Deal, que se declarou favorável, a lei transformará a Geórgia no 24º do total de 50 estados do país a legalizar o uso de cannabis para fins medicinais.
A lei descriminaliza o porte de maconha em óleo com baixo teor de tetraidrocanabinol (THC) - substância que altera o sistema nervoso central - para tratar oito doenças como câncer, esclerose múltipla, Parkinson, ou epilepsia.
"A lei proporciona alívio da dor e esperança para muitos cidadãos do nosso estado", comemorou o deputado republicano Allen Peake, um dos autores do projeto, citado pelo "Atlanta Business Chronicle".
Peake disse esperar que as 17 famílias que no ano passado se mudaram para o Colorado - onde seus filhos doentes poderiam ter acesso à maconha - retornem para a Geórgia.
A lei da Geórgia foi aprovada poucos dias depois de um projeto de lei abrangente, que visa a permitir o uso de maconha medicinal em todo o país, ser apresentado no Senado dos Estados Unidos.
Embora cada vez mais estados entrem para a lista daqueles que permitem a maconha medicinal, a lei federal ainda expõe os consumidores a investigações criminais e detenções por posse de drogas.

Fonte: G1

sábado, 28 de março de 2015

Uso do canabidiol no tratamento da epilepsia é promissor, afirma médica

Ao palestrar durante o XIII Encontro Nacional de Epilepsia, realizado na sexta-feira (27/3/15), em Porto Velho, a médica neurologista do Estado do Paraná, Ana Crystina Crippa, afirmou que o uso do canabidiol no tratamento da epilepsia pode ser classificado como promissor. A substância, encontrada na maconha, tem sido utilizada como medicação para casos de epilepsias chamadas refratárias, de difícil controle, e síndromes de Dravet, Droose e Lennox Gastaut. O uso do canabidiol já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como produto médico importado, o que põe o Brasil à frente de outros países no tratamento da epilepsia.
A palestra da neurologista marcou a abertura do XIII Encontro Nacional de Epilepsia (Epibrasil), realizado na Capital, com o apoio do Ministério Público de Rondônia, por meio do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOP-Saúde).
Ao fazer uso da palavra, a médica explicou que o componente canabidiol, encontrado em maior quantidade em um tipo específico de maconha, a Canabbis, age em receptores  do cérebro onde antiepiléticos tradicionais não atuam. Ela afirmou que a medicação, no entanto, carece de ajustes científicos, sendo a Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, o maior centro de pesquisa da substância no país.
Durante sua participação, Ana Crystina Crippa falou da importante atuação da Anvisa na criação de mecanismos de controle no fornecimento do canabidiol no Brasil. Na oportunidade, ela apresentou os produtos já disponibilizados pela indústria farmacêutica e suas composições.
Ao finalizar a palestra, a médica alertou  para uso artesanal da maconha no tratamento da epilepsia. “É importante que as pessoas saibam que o canabidiol não é maconha. Ele é um dos 400 componentes que constituem a planta”, disse. Como forma de evitar equívocos no tratamento, a neurologista ressaltou que, a longo prazo, o uso da maconha causa efeitos tóxicos a funções cerebrais. “Por isso, o consumo da maconha triturada, como alguns vêm fazendo, não é recomendado porque assim o doente absorve outros componentes da planta e não apenas aquele que o fará obter melhora”.

Homenagem 

O Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, foi homenageado durante a solenidade de abertura do XIII Encontro Nacional de Epilepsia, realizado no auditório do Tribunal de Contas do Estado. Na ocasião, o chefe do Ministério Público recebeu do Procurador de Justiça Edmilson José de Matos Fonsêca, coordenador do evento, uma placa honrosa pela contribuição dada à mobilização em favor das pessoas com epilepsia.
Ao agradecer, o Procurador-Geral falou da importância da realização do Encontro, como oportunidade para promover a luta contra o preconceito e a inclusão. “Todas as questões que serão debatidas aqui hoje serão tratadas de uma forma aberta e simples. Este é o caminho para a inclusão”, afirmou, lembrando que o MPRO tem em seu Plano Geral de Atuação o projeto “Epilepsia em Debate na Sociedade'. “A luta em favor das pessoas com epilepsia é para nós hoje uma questão institucional”.
A presidente da Federação Brasileira de Associações de Apoio a Pacientes Portadores de Epilepsia  (Epibrasil), Maria Carolina Doretto, também agradeceu o apoio do Ministério Público de Rondônia ao evento e falou da força que mobilizações dessa natureza têm alcançado no Estado. “Rondônia é hoje o estado com maior número de movimentos voltados a essa fatia da sociedade”, afirmou.
Maria Carolina Doretto presidiu a mesa de honra do evento, que teve a presença do chefe do MPRO, Héverton Alves de Aguiar, do Procurador de Justiça Edmilson Fonsêca, que coordenou a realização do Encontro Nacional de Epilepsia em Porto Velho, e da  Diretora do Centro de Apoio Operacional da Saúde, Promotora de Justiça Emília Oiye.









sexta-feira, 27 de março de 2015

Maioria dos casos de epilepsia pode ser controlada com medicação

Condição neurológica que atinge de 1% a 2% da população brasileira, a epilepsia pode se manifestar em qualquer idade, mas costuma apresentar a primeira crise, com maior frequência, em crianças com menos de dois anos.
A neurologista infantil e do adolescente Alessandra Freitas, mestre em medicina pela Universidade de São Paulo, explica que as crises de epilepsia são ocasionadas por descargas elétricas anormais no cérebro, “uma atividade cerebral errada”. Em alguns casos, a pessoa nasce com essa condição, em outros, ela pode ser ocasionada por lesões e por síndromes, entre outros fatores.
A duração da epilepsia também varia. Em algumas pessoas, desaparece na adolescência, em outras tem que ser controlada por medicamentos por toda a vida. Em 80% dos casos, o paciente pode ter uma vida normal, usando a medicação.
De acordo com a especialista, o sintoma da crise depende da área cerebral envolvida, tem início súbito e cessa espontaneamente ou, quando muito prolongada, com o uso de remédios. Essas crises podem durar segundos ou poucos minutos e se manifestar de formas diferentes.
Em alguns casos, a pessoa fica ausente, parada com o olhar fixo, em outros é como se ela levasse um pequeno susto. No tipo mais conhecido, a pessoa tem movimentos involuntários com os músculos, pode se contorcer, babar e, algumas vezes, urinar e vomitar. Depois que passa, ela não tem consciência do que aconteceu.
Nas crises mais violentas, é importante que quem esteja próximo saiba como agir. Nesse caso, devem ser afastados objetos que ofereçam risco, deve-se dar espaço para a pessoa respirar e proteger a cabeça dela, posicionando-a de lado.
Segundo a Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia, é Importante não dar água para a pessoa que está tendo uma crise, não esfregar álcool ou outras substâncias, não colocar objetos na boca, não puxar a língua e também saber que a saliva não passa epilepsia.
O controle das crises é importante não só para a segurança e o conforto do paciente, mas também porque elas podem ocasionar sequelas, como perda de memória, perdas cognitivas e falta de atenção.
Segundo a presidenta da Federação Brasileira de Epilepsia, Carolina Doretto, o diagnóstico é primariamente clínico, mas posteriormente são necessários exames. “É importante o paciente ou o familiar fornecer para o médico todas as informações de como é a crise, se tem horário especifico, quanto dura, quantas vezes ao dia e ao mês”, explica.
Carolina conta que a rede pública de saúde oferece uma boa gama de medicamentos para a doença. Porém, em cerca de 20% dos casos o paciente não consegue evitar as crises com remédios e, algumas vezes, é preciso uma intervenção cirúrgica.
Para Carolina, embora a tecnologia avance, com medicamentos mais adequados e mais capazes de controlar as crises, o preconceito permanece. “Avança tudo, mas não avança na quebra do preconceito. As crianças são discriminadas na escola, a família superprotege ou renega a criança, o adulto não consegue acesso ou permanência no mercado de trabalho. Nisso ainda temos que avançar muito”.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 25 de março de 2015

Paciente recebe o canabidiol do estado, após ordem judicial

Três meses depois de entrar na Justiça para obter gratuitamente ampolas de canabidiol (CBD), medicamento derivado da maconha, a família de Maycon Cavalcanti Alcântara, 4 anos, recebeu a medicação. Portador de epilepsia refratária, o menino foi o primeiro paciente pernambucano a conseguir judicialmente que o estado custeasse o tratamento. Maycon recebeu CBD suficiente para usar por seis meses e será acompanhado por médicos para avaliar o resultado.
A medicação chegou ao Brasil no início do mês, mas precisou passar por liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser entregue em mãos ao pai do garoto. Ainda em novembro do ano passado, o pai da criança, Jackson Alcântara, 40, conseguiu o direito de importar a medicação e, por não poder pagar pelo CBD, solicitou à Secretaria Estadual de Saúde. Diante da negativa, foi iniciado o processo judicial.
O estado deveria ter fornecido o canabidiol dentro de um mês, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, mas alegou trâmites burocráticos para atrasar a entrega. O caso foi para segundo grau e o novo prazo dado acabaria no próximo dia 27. Enquanto isso, Maycon sofria de oito a 10 convulsões diariamente. 
Em 2014, Jackson e a mãe do menino, Silvia Cavalcanti, 37, conseguiram clandestinamente uma ampola do CBD para Maycon. Os resultados os animaram a iniciar a luta judicial. “O coração bateu forte com a notícia, foi o presente de aniversário dele, que comemora cinco anos na próxima quarta-feira”, afirmou Silvia.
Maycon passará por avaliação para retirada dos outros medicamentos. “Há um protocolo para administração do CBD. Dependendo da resposta dele, vamos analisar se podemos tirar outros remédios”, explicou o médico acupunturista Pedro

Fonte: Diário de Pernambuco


 





domingo, 22 de março de 2015

Descoberto tratamento para epilepsia baseado no metabolismo

Washington - Um grupo de pesquisadores do Japão descobriu um tratamento para a epilepsia que se baseia no metabolismo, o que representa um grande avanço com relação ao tradicional enfoque neuronal desta doença, de acordo com um artigo publicado na revista "Science".
No texto, os cientistas japoneses explicaram que esta via metabólica poderia levar ao desenvolvimento de novos remédios, dado que os tratamentos atuais não são efetivos para um terço dos pacientes.
O novo tratamento foi conseguido a partir de outro descoberto na década de 20: a dieta cetogênica, que se baseia nas gorduras, limita carboidratos ao mínimo e alivia os casos de epilepsia resistente aos remédios.
Com essa dieta, a principal fonte de energia do cérebro deixa de ser a glicose e passa a ser as cetonas.
Conforme o estudo, a inibição da enzima lactato desidrogenase (LDH), fundamental na comunicação metabólica entre os astrocitos e os neurônios, bloqueia a excitação neuronal e evita as convulsões em ratos com epilepsia.
"Então, os inibidores da LDH seriam os primeiros remédios antiepilépticos a imitar as dietas cetogênicas", segundo um trecho do artigo.
Os pesquisadores testaram 20 medicamentos antiepilépticos e determinaram que apenas um, o estiripentol, inibiu a LDH até certo ponto. Em um estudo mais aprofundado do remédio, foi identificada uma subestrutura, o isosafrol, que inibe a produção do lactato.
A pesquisa sugere que os derivados do estiripentol poderiam dar lugar a melhores tratamentos para a epilepsia resistente aos remédios. A tese do estudo é que há provas suficientes de que "elementos não excitáveis" do sistema nervoso central (os astrócitos, o sistema vascular e o sistema imunitário) têm um papel mais importante do que se pensava até agora no tratamento da epilepsia.
Aproximadamente, 1% da população mundial tem epilepsia, mas os remédios disponíveis atualmente só são efetivos para dois terços dos pacientes. Os cientistas debatem, agora, se o enfoque do desenvolvimento de novos tratamentos tem que ser o tradicional, centrado nos neurônios, ou os que agem no metabolismo.
Os pesquisadores que assinam este estudo são Nagisa Sada, Takashi Katsu e Tsuyoshi Inoue, da Universidade de Okayama; e Suni Lee e Takemi Otsuki, da Universidade Yasuda Women"s, ambas no Japão. 

Fonte: Exame

quinta-feira, 19 de março de 2015

Direitos humanos das pessoas com epilepsia

O exercício dos direitos humanos é fundamental para as pessoas com epilepsia, sobretudo as que tenham algum tipo de deficiência. Os obstáculos podem estar relacionados ao acesso aos serviços de saúde, ás restrições á liberdade pessoal, á falta de oportunidades profissionais, á exclusão do sistema educacional, ás limitações jurídicas para exercer determinados direitos e ás condições de vida inadequadas em algumas instituições psiquiátricas.
As violações dos direitos humanos vão desde as mais óbvias até outras mais sutis, como não poder obter carteira de motorista ou restrições á possibilidade de escolher o emprego. Em certos casos, não se trata apenas de dispor dos instrumentos legais, mas também de conseguir sua aplicação na prática.

Proposta

A estratégia e plano de ação 2012-2021 são baseados em uma visão geral das Américas no campo da epilepsia; no entanto, existem grandes diferenças entre os países e até mesmo dentro de um mesmo país. O documento compila a experiência alcançada em nosso continente, manifesta o compromisso dos governos e é compatível aos grupos vulneráveis ou com necessidades especiais será priorizada.
Para apoiar essa estratégia e plano de ação, a OPAS trabalhará em cooperação com a ILAE, o IBE e outros parceiros; definirá prioridades e mobilizará recursos. A cooperação entre os países é incentivada.

Principio e valores

Acesso universal; igualdade; solidariedade pan-americana; respeito dos direitos humanos das pessoas com epilepsia; participação social; uso das melhores provas científicas disponíveis; proteção dos grupos vulneráveis; respeito aos marcos históricos e culturais das comunidades; atenção integral em matéria de saúde; e responsabilidade e prestação de contas.

Visão

A OPAS encabeça os esforços de colaboração para que os Estados Membros consigam que toda a população do continente americano desfrute de um saúde ótima e impulsionem o bem-estar de suas famílias e suas comunidades.

Propósito

Fortalecer a resposta integrada do setor da saúde mediante a execução de programas apropriados de atenção  ás pessoas com epilepsia ao longo da vida, abrangendo medidas de prevenção, tratamento e reabilitação.

Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde / Organização Mundial de Saúde






quarta-feira, 18 de março de 2015

Mãe consegue na justiça o custeio do canabidiol

O tratamento já foi feito com diversos medicamentos brasileiros e importados da Argentina e dos EUA, porém, nenhum surtiu efeito.

A moradora de Dionísio Cerqueira, Vera Dalagnol, conseguiu uma liminar na Justiça que determina que o governo de Santa Catarina forneça o medicamento à base de “canabidiol” a sua filha Amanda, de 20 anos, que sofre de epilepsia desde os 10 anos.
Conforme ela, o tratamento já foi feito com diversos medicamentos brasileiros e importados da Argentina e dos Estados Unidos, porém, nenhum surtiu efeito. A menina chegou a ter 80 ataques de epilepsia por dia. Nos últimos tempos, o número reduziu para 30 crises diárias, após uso de quatro remédios convencionais. Vera conta que conheceu o “CBD”, uma substância derivada da maconha, na televisão, por meio de uma reportagem.
Recentemente, o medicamente foi liberado pela Anvisa e surgiu como alternativa para quem sofre da doença. Vera explica que a liberação do medicamento foi um ganho enorme, mas o valor de cada ampola é de U$ 480, cerca de R$ 1.500, tornando o tratamento inviável financeiramente.
Foi então que ela decidiu ingressar na Justiça para pedir o custeio do valor pelo Estado. “O Juiz indeferiu o pedido porque a Anvisa ainda não havia se manifestado sobre o uso do medicamento e acabei comprando o CBD no final do ano”, lembra. Mas, em janeiro de 2015, a Anvisa reclassificou o uso e autorizou a prescrição do canabidiol e a mãe de Amanda decidiu pedir para que a Justiça reconsiderasse a decisão, o que aconteceu.
O governo de Santa Catarina vai fornecer seis ampolas do medicamento por mês para Amanda. Segundo Vera, o quadro da jovem evoluiu cerca de 30% desde o início do tratamento. “Ainda são bastantes convulsões, mas a parte cognitiva e emocional apresentam avanços”, garante a mãe.

Fonte: Peperi




sábado, 14 de março de 2015

Preconceito é o maior adversário da pessoa com epilepsia

O preconceito é o maior adversário das pessoas que têm epilepsia e surgiu ainda na Idade Média, quando se acreditava uma possessão demoníaca no corpo do paciente. Trata-se na verdade de um distúrbio neurológico crônico, podendo ser progressivo em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas.
Os portadores têm crises convulsivas que duram de 3 a 5 minutos, podem cair no chão e ficar desacordados momentaneamente. O tratamento acontece com acompanhamento médico, uso de medicamentos e até a participação dos pacientes em grupos de apoio.
Mas a falta de informação sobre o transtorno, segundo relatam portadores da epilepsia, ecoa ideias negativas, como o distúrbio ser contagioso. Isso barra o acesso dos epiléticos ao convívio social, com vergonha ou medo da rejeição, e especialmente ao mercado de trabalho.

Dificuldade financeira

Nesses casos os portadores são obrigados a viver fazendo ‘bicos’ ou, na melhor das hipóteses, prestar concursos públicos, levando os pacientes a terem dificuldade financeira até para fazer o tratamento adequado.
A disseminação do conhecimento sobre a epilepsia tornou-se importante para esclarecer a doença e suas manifestações, como faz a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), que mantém um site para esclarecimento de dúvidas e as ações realizadas pela entidade.
A formação de grupos de apoio para portadores do distúrbio, uma das atividades da ABE, é uma das alternativas encontradas pelos pacientes, que encontram nesses ambientes uma forma de compartilhar angústias, medos e trocar experiências. Segundo a associação, a maioria dos pacientes com epilepsia, cerca de 75%, tem evolução favorável no tratamento, com controle das crises epiléticas e melhora da qualidade de vida.
A falta de informação sobre o transtorno ecoa idéias negativas, como o distúrbio ser contagioso.

Fonte: Mais Equilíbrio 


sexta-feira, 13 de março de 2015

Senadores dos EUA se unem para aprovar maconha medicinal no país

Democratas e republicanos apresentaram projeto de lei abrangente. Texto elimina sanções e restrições federais da cadeia de maconha medicinal

Senadores dos Estados Unidos apresentaram, nesta terça-feira (10), a legislação mais abrangente sobre o uso medicinal da maconha, que nunca chegou nessas condições ao Congresso. O esforço entre os partidos Democrata e Republicano tenta acabar com as restrições federais sobre um consumo cada vez mais aceito.
Dos 50 estados da federação, 23 legalizaram a cannabis, planta de onde é extraída a maconha, para tratar pessoas com câncer, esclerose múltipla e epilepsia, mas a lei federal continua a investigar criminalmente, inclusive com prisões, quem é encontrado com porte de drogas.
Se aprovada, a Lei de Acesso Compassivo, Expansão de Investigações e Respeito aos Estados (CARERS, em inglês) eliminaria as sanções e restrições federais de produzir, distribuir e possuir maconha por razões médicas, sempre em conformidade com a lei.
A Lei CARERS também daria acesso à maconha medicinal aos veteranos de guerra, nos estados onde é legalizada. Além disso, o que é crucial, permitiria a instituições financeiras a oportunidade de prover serviços bancários a empresários interessados na produção e distribuição da maconha.
A lei também alteraria a classificação da cannabis na lista de substâncias controladas, passando de "categoria 1" a "categoria 2". Esta mudança de nomenclatura eliminaria as atuais barreiras contra a pesquisa e permitiria o reconhecimento da maconha como droga cujo uso médico é aceito.
O senador Rand Paul, provável candidato republicano à presidência em 2016, defendeu o texto: "Dezenas de milhares de pessoas em nosso país, com doenças incuráveis, gostariam de passar por um tratamento paliativo".
A senadora democrata Kirsten Gillibrand disse que esta lei "é claramente um caso que a ideologia obstrui o caminho rumo ao progresso científico".
Na lei atual, quem viaja a outros estados onde a maconha medicinal é legalizada, pode ser preso, se voltar para seu estado de origem de posse da droga.
"Quando uma criança não tem 100 ataques de epilepsia por dia, seu cérebro cresce e vive melhores momentos em família e com amigos, podendo se desenvolver emocionalmente", lembrou Gillibrand.
"Profissionais muito bem preparados em nosso país, como médicos e cientistas, não podem receitar nem recomendar esta droga, que poderia aliviar a dor e o sofrimento de seus pacientes", disse o senador democrata Cory Booker diante de jornalistas.
"Hoje, nos unimos para dar um basta", acrescentou. "O governo federal tem excedido em larga medida os limites do senso comum, a prudência na fiscalização e a compaixão com suas leis contra a maconha".
O grupo Norte-americanos pelo Acesso Seguro, favorável à legalização da maconha, avaliou que o projeto de lei é "revolucionário".

Fonte:G1





quarta-feira, 11 de março de 2015

Purple Day 2015: Dia mundial de conscientização sobre a epilepsia

No dia 25 de março é comemorado mundialmente o dia da conscientização sobre a epilepsia, o chamado Purple Day ("Dia Roxo"), para que neste mês, todos os anos façamos ações de conscientização da epilepsia. Vista-se de roxo.


É um evento aberto e gratuito que acontece em diversos países simultaneamente.
Vista-se de roxo.




sábado, 7 de março de 2015

Uma a cada três pessoas com epilepsia na Espanha tem ansiedade

Epilepsia continua a ser uma doença que causa problemas na vida social e da vida ativa dos doentes, cerca de 400.000 pessoas na Espanha, tanto quanto um terço dos pacientes tem ansiedade por causa de suas crises e até mesmo um em cada cinco afetados ( 21%) sentem-se discriminados no trabalho.
Inclui diferentes síndromes de epilepsia, que têm em comum a presença de uma predisposição para gerar crises epiléticas. A etiologia é variada e depende da idade de início da síndrome, mas as malformações do desenvolvimento cortical, esclerose hipocampal e distúrbios genéticos estão entre as causas mais freqüentes em pacientes com epilepsia grave.

Neste estudo, realizado pelo Grupo de Estudos Epilepsy SEN, incluiu 244 pacientes entre 13 e 84 anos (54,1% mulheres, idade média de 46,2 anos), dos quais 45 por cento tiveram o controle das crises  e, portanto, estava livre de crises.
Assim, apesar de 75 por cento dos doentes falarem sobre sua doença, metade dos pacientes têm problemas com estados de humor e, em terceiro, a ansiedade.
Além disso, quase 50 por cento dos doentes mudaram a sua vida, 21,7 por cento são considerados discriminados e 13,5 por cento dos doentes para eles é ainda um castigo. E 10,7 por cento disseram que a doença impede que você se relacione.

Não contam no trabalho

E embora a maioria dos doentes são considerados aptos para o trabalho adequado, apesar de terem epilepsia, apenas 41 por cento dos entrevistados tinham um emprego no momento da pesquisa e quase um terço dos pacientes com epilepsia não relataram no trabalho que tem a doença. Principalmente porque 16,5 por cento relataram problemas de trabalho e 8,2 por cento foram demitidos devido à epilepsia. 22,5 por cento apontaram licença médica.
Quando questionado sobre como eles reagem a crises as pessoas ao seu redor, a maioria respondeu que "confiança e apoia", mas, no entanto, mais de um quarto disseram que ficam com "medo".
Outros aspectos do ambiente sócio-familiar em que foram questionados, no entanto, mais de dois terços são considerados aptos  para terem filhos.
"Retirar a crise, evitar os efeitos colaterais do tratamento e promover a intervenção psicossocial e educação sobre a doença, são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com epilepsia", reconheceu Irene García Morales, coordenadora do estudo, que aposta numa abordagem multidisciplinar que inclui estes aspectos a considerar a qualidade de vida dos pacientes.

Fonte: Europa Press



sexta-feira, 6 de março de 2015

Paraquedista tem crise convulsiva em salto e relata o que passou

Christopher Jones, de 22 anos, sofreu uma convulsão segundos após saltar do avião que o levava. Seu instrutor, que saltou ao seu lado, conseguiu alcançá-lo durante a queda livre e abriu seu paraquedas, impedindo que ele caísse direto no chão.
Toda a ação foi registrada por uma câmera instalada no capacete do instrutor. O vídeo já tem quase 10 milhões de visualizações.
Jones tem epilepsia, mas estava há quatro anos sem sofrer convulsões e acreditou estar bem o suficiente para realizar o salto. À emissora ABC, ele disse que sempre quis ser piloto – e como não pode, devido à doença, quis experimentar a sensação de voar saltando de paraquedas.
“Eu lembro do salto até o ponto em que apaguei, e depois acordei debaixo do paraquedas, a cerca de 900 metros de altura”, contou o jovem. “Acho que sou sortudo, mas a emergência nos paraquedas funciona normalmente todas as vezes, então acho que estaria bem mesmo se meu instrutor não tivesse me alcançado.”
O instrutor, Robin O'Neill, disse que o médico de Jones havia enviado uma carta dizendo que ele estava medicamente bem para saltar. “Obviamente ele não estava. Este foi o fim de sua carreira como paraquedista”, afirmou.


Fonte do texto: G1
Fonte do vídeo: Youtube

quarta-feira, 4 de março de 2015

TCAC garante que pacientes da Paraíba vão receber canabidiol gratuitamente

Medida é resultado do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta. Ao todo, 16 pacientes na Paraíba vão ter direito a receber a substância.

Os 16 pacientes paraibanos que sofrem de convulsões provocadas por diversas enfermidades e que receberam prescrição para tratamento com canabidiol vão receber a substância gratuitamente e por tempo indeterminado. A medida é fruto de um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TCAC) firmado entre o Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) e Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O acordo foi assinado no dia 13 e publicado no Diário Eletrônico do MPF da quinta-feira (19), após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reclassificar os medicamentos de uso controlado, retirando o canabidiol do rol de substâncias proibidas no país. O termo deve ser cumprido imediatamente e, em caso de descumprimento, o estado pode receber multa de R$ 1 mil por cada cláusula descumprida.
G1 fez contato com a Secretaria de Saúde do Estado, mas foi informado pela assessoria de imprensa que a única pessoa autorizada a falar sobre o assunto é a secretária Roberta Abath, que está em Brasília e não pode atender a reportagem.

Fonte: G1


segunda-feira, 2 de março de 2015

Como o cérebro realiza 'viagens mentais no tempo'

Somos capazes de viajar para trás no tempo, de uma maneira importante. Através da memória, podemos retornar à infância, voltar para o momento quando nos apaixonamos pela primeira vez ou reviver nossa primeira vitória profissional.
Recordações vívidas que lembram uma experiência com detalhes sensoriais profundos podem dar a impressão de nos transportar de volta para outro tempo e lugar.
Quando recordamos aquela informação específica que procurávamos, também recordamos muitos outros detalhes em volta dela – como nos sentimos naquele momento, o que estávamos vestindo, o que aconteceu antes e depois.
Quando recordamos aquela informação específica que procurávamos, também recordamos muitos outros detalhes em volta dela – como nos sentimos naquele momento, o que estávamos vestindo, o que aconteceu antes e depois.
Os cientistas analisaram a atividade cerebral de indivíduos que realizavam uma tarefa de recordação de memórias, para mostrar o que acontece quando temos recordações detalhadas que parecem tão reais que nos levam de volta a um tempo passado.
Eles puderam usar padrões de atividade cerebral para prever a ordem em que os participantes no estudo recordariam informações que tinham recebido no passado.
É  muito importante entender o que fazem as diferentes regiões cerebrais no momento em que realizamos uma busca na memória”, explicou em comunicado o autor principal do estudo, o psicólogo Dr. Sean Polyn.
"Doenças como Alzheimer e epilepsia exercem impacto devastador sobre a memória. Estas informações podem nos ajudar a desenvolver tratamentos para preservar a memória dos pacientes e identificar possível efeitos adversos de novos fármacos psicotrópicos sobre a memória das pessoas.”
A equipe da Universidade Vanderbilt procurou determinar como são codificadas as lembranças, com níveis variados de detalhes e vividez.
Ela estudou tanto as chamadas “memórias de alta fidelidade” – as que ficam muito bem preservadas em nossa mente, mesmo anos depois – quanto as informações que são recordadas, mas isoladamente, sem ser acompanhadas dos detalhes e das informações sensoriais que as cercaram.
"No dia a dia, quando você vive uma experiência seu cérebro constrói um código neural complexo que representa os detalhes dessa experiência.
Mais tarde, quando você se recorda do que viveu, o cérebro procura reativar aquela representação neural”, Polyn explicou em e-mail ao Huffington Post.
“Uma viagem mental no tempo é que acontece quando o cérebro faz um ótimo trabalho na reativação daquele estado passado, dando-lhe a sensação de estar realmente revivendo a experiência em sua cabeça.”
De acordo com Polyn, se uma pessoa estuda uma lista de itens e então faz uma busca na memória para tentar enumerar os itens na ordem em que estavam listados, ela frequentemente relata várias coisas que aconteceram no momento em que se recordou de cada item.
Isso sugere que o cérebro fez uma viagem mental no tempo de volta àquele momento.
Uma região cerebral chamada lobo temporal medial (LTM) exerce um papel na memória; isso é sabido porque, quando essa região sofre uma lesão, frequentemente ocorre amnésia.
Os pesquisadores criaram um modelo para mostrar como estruturas dentro do LTM contribuem para a recuperação de memórias.
Descobriram que a região anterior do LTM emite um sinal quando a memória está sendo recuperada, mas não sugere quão detalhada é a memória em questão.
Mas descobriram que a região posterior é ativada quando uma memória altamente detalhada está sendo recordada.
"Constatamos que a presença de atividade no lobo temporal medial posterior permite prever quando a pessoa vai ter um chamado ‘momento de viagem mental no tempo’.
Podemos prever quando ela vai relatar uma série de recordações de coisas que aconteceram no mesmo momento”, disse Polyn.
Para testar o modelo, foram feitas ressonâncias magnéticas funcionais com 20 participantes na faixa dos 18 aos 35 anos, enquanto era apresentada a eles uma lista com 24 nomes de objetos comuns, como “cavalo” e “barco”.
Depois de concentrar-se brevemente sobre as palavras e fazer uma pausa, pediu-se que eles recordassem as palavras que tinham acabado de estudar na ordem em que tinham sido enumeradas.
Os cientistas descobriram que, quando a atividade cerebral de um participante revelava que ele tinha recuperado uma memória de “alta fidelidade”, sua reação seguinte provavelmente seria citar o item seguinte na lista – sugerindo que o participante também se recordava dos detalhes que cercaram o objeto.
Mas, quando o participante não se recordava do item com alta fidelidade, o item seguinte que citava em muitos casos não era o item seguinte na lista, sugerindo que a informação tinha sido lembrada de modo isolado.
"Isso demonstra que o cérebro ‘carimba’ um código temporal sobre as memórias”, disse Polyn no comunicado.
“Essas recordações do tipo ‘viagem no tempo’ permitem ao cérebro recuperar aquele código temporal, tornando mais acessíveis as memórias de coisas próximas – neste caso, o item seguinte na lista.”
Entender o que acontece em diferentes regiões cerebrais quando tentamos recuperar memórias pode ter implicações importantes para o estudo de transtornos ligados à memória, como o mal de Alzheimer.
"As pessoas com doença de Alzheimer ou outras formas de demência frequentemente têm dificuldade em lembrar coisas que acabaram de lhes acontecer”, disse Polyn ao HuffPost.
"Por exemplo, um médico pode levar um paciente a repetir uma série de números algumas vezes, mas então, minutos mais tarde, o paciente pode nem sequer lembrar que eles tinham falado nos números. Se pudermos captar o que fazem as diferentes regiões cerebrais durante uma recuperação saudável de memória, isso nos ajudará a entender o que dá errado quando a memória é danificada. Também pode nos ajudar a desenvolver exames mais acurados para a detecção precoce dos transtornos de memória e nos dar ideias de tratamentos melhores para as pessoas que apresentam esses transtornos.”

Fonte: Brasil Post