quinta-feira, 9 de junho de 2016

Remédio para epilepsia á base de cannabis tem sucesso em teste e dobra valor de farmacêutica

GW Pharmaceuticals anunciou que o teste com 120 pacientes mostrou que aqueles que tomaram Epidiolex obtiveram uma redução mensal média de 39% nas convulsões
 Um medicamento experimental à base de cannabis se mostrou eficaz no tratamento de crianças com uma forma rara e grave de epilepsia em um teste clínico ansiosamente aguardado, mais do que dobrando o valor de sua fabricante, a GW Pharmaceuticals.
 O estudo sobre o efeito do Epidiolex na síndrome de Dravet é o primeiro dos quatro testes do estágio final da Fase 3 para epilepsia, cujos resultados são esperados ainda este ano e que a GW espera confirmarem os benefícios terapêuticos dos canabinóides, substâncias ativas encontradas na maconha.
 A GW disse na segunda-feira (14/03) que o teste com 120 pacientes mostrou que aqueles que tomaram Epidiolex obtiveram uma redução mensal média de 39% nas convulsões em comparação com uma redução de 13% entre os que usaram o placebo.
 A diferença foi altamente significativa do ponto de vista estatístico, e o otimismo a respeito das vendas futuras do remédio fizeram as ações da GW subirem 116 % por volta das 11h40 (horário de Brasília) na segunda-feira (14/03).
 "Isso mostra que os canabinóides podem produzir dados clínicos animadores e importantes e que representam uma nova classe de medicamentos altamente promissores, com sorte para uma série de doenças", disse o executivo-chefe da empresa, Justin Gover, à Reuters.
 À luz de dados positivos, Gover afirmou que agora a GW irá solicitar uma reunião com a agência de alimentos e drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) para debater seus planos de requisitar autorização para tratar esta forma de epilepsia em particular.
 Atualmente não há terapias para a síndrome de Dravet aprovadas pela FDA.
 O Epidiolex, que é ministrado como xarope infantil, também está sendo testado em um estudo de Fase 3 para outro tipo raro de epilepsia chamado síndrome de Lennox-Gastaut e também deve produzir resultados em 2016, e um estudo em fase final para esclerose tuberosa, uma terceira forma de epilepsia, deve começar em breve.
 Analistas acreditam, em média, que o medicamento pode gerar vendas anuais de 1,1 bilhão de dólares até 2021,de acordo com previsões compiladas pela Thomson Reuters Cortellis.

Fonte: Época

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