Um problema que, explica João Braga, médico dentista do grupo Best Quality Dental Centers (BQDC), tem consequências, a nível oral, não só devido “aos efeitos secundários da medicação efetuada para tratamento e prevenção de crises”, mas também resultante dos “acidentes que podem ocorrer durante uma convulsão”.
A propósito do Dia Internacional da Epilepsia, que se assinala a 10 de fevereiro, o especialista salienta que o “risco aumentado de cáries, aumento do volume do tecido gengival (hiperplasia gengival), sangramento
gengival, sensação de boca seca, aumento da incidência de úlceras e
aftas e cicatrização mais demorada”, são algumas das implicações orais
mais comuns que decorrem do tratamento feito por quem vive com
epilepsia.
Ainda que cerca de dois terços destes doentes tenham as suas crises
bem controladas, resultado do cumprimento diário da sua medicação, estas
acontecem e com elas decorrem “traumatismos faciais, lacerações da
língua e lábios devido a mordeduras, deslocação do disco da articulação temporomandibular,
o que pode implicar incapacidade de fechar a boca e até perda dos
dentes anteriores”, reforça o médico, resultantes de “possíveis devido a
quedas durante um ataque epilético”.
É, por isso, importante a “uma vigilância regular no médico dentista”, uma vez que, reforça João Braga, “todos estes problemas são detetados com um bom exame intraoral e possuem tratamento”.
Fonte: Notícias ao Minuto
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