sexta-feira, 10 de abril de 2015

Epilepsia atinge 2% da população no Brasil

Conforme estimativa da Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia (Aspe), cerca de 2% da população brasileira é atingida com algum tipo de epilepsia. A falta de informação sobre a doença, mais caracterizada como uma disfunção neurológica, é a principal causa para o preconceito. Em março, a campanha mundial Purple Day alertou as pessoas sobre esta condição, para, enfim diminuir os desentendimentos relacionados a ela.
Marcília Araújo, médica especialista em epilepsia no Piauí, explica que a doença é caracterizada pela predisposição persistente do cérebro a gerar crises epilépticas (ataques ou transtornos neurológicos). A classificação da Epilepsia vai depender do tipo de crise que o paciente apresenta. A médica relata que hoje existem mais de 30 tipos de epilepsia, sendo os mais comuns, a Epilepsia ausência da infância, a Epilepsia mioclônica juvenil e a Epilepsia do lobo temporal.
Não existe idade para se apresentar epilepsia, no entanto, ela tem maior incidência em crianças e idosos. O alerta da neurologista é que todos os pacientes que apresentem a crises, procurem um neurologista para que seja investigada sua causa. "O paciente pode ter crises por predisposição genética, quando não há nenhum fator desencadeante. Mas existem as crises epilépticas provocadas, que acontecem como uma manifestação de alguma infecção, distúrbio eletrolítico ou tumor cerebral, por exemplo. Por isso, todos os pacientes precisam procurar um neurologista", destaca.
Segundo Marcília Araújo, casos de epilepsia no Piauí ainda são comuns. O funcionário público João Carlos Santos lamenta o preconceito sobre a doença. "Tive minha primeira crise de epilepsia aos sete anos, na escola. Lembro como se fosse hoje, sofri muito com os preconceitos dos meus colegas de classe e, até mesmo, dos professores", conta.
João sofre com crises há 20 anos e ressalta que o apoio dos familiares e colegas de trabalho é essencial no convívio com a doença. "São pouquíssimas as pessoas que conhecem a doença, a maioria, infelizmente, acha que epilepsia é coisa de gente com problema mental. Está aí a importância da divulgação de informações e, principalmente, a conscientização sobre a doença. As pessoas precisam saber como ajudar alguém em um momento de crise epiléptica", enfatiza.

Fonte: Diário do Povo

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