terça-feira, 14 de abril de 2015

Crianças que precisam de canabidiol ainda enfrentam burocracia para conseguir o produto

Apesar da importação do canabidiol ter sido liberada, dificuldades continuam.
Já se passaram dois meses e meio desde que o canabidiol foi liberado no Brasil.
O produto não é mais proibido no país desde 14 de janeiro, mas os pacientes com doenças raras continuam se queixando da burocracia para importar o produto.
O uso do CBD é dificultado por uma série de motivos. “Persistem as exigências burocráticas que demandam autorizações especiais, termos de responsabilidade, relatórios e receitas médicas muito difíceis de conseguir”, afirma a Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME). Isso significa que, na prática, segundo a Associação, a reclassificação praticamente não ajudou as famílias que tanto pediam por ela.
Além disso, a AMA+ME lembra que o Conselho Federal de Medicina (CFM) só permite que neurologistas e psiquiatras prescrevam o produto a crianças e adolescentes com epilepsia de difícil controle, deixando de fora os adultos e pacientes que sofrem de outras doenças e que poderiam se beneficiar do canabidiol.
Outra queixa recorrente é que a Receita Federal impede a entrega do CBD no domicílio do paciente, forçando a família a comparecer nos aeroportos sob o risco de pagar imposto de importação e taxa de custódia.
Agora, a AMA+ME luta pelo direito de produzir o CBD em território brasileiro, para que haja um rigoroso controle químico e sanitário e de qualidade, sob supervisão das autoridades. “Além de facilitar, ampliar o acesso e reduzir custos, uma produção nacional qualificada poderia incluir o óleo como prática terapêutica dentro do Sistema Público de Saúde”, defende a Associação. 

Fonte: Revista Crescer

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