segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Epilepsia: evolução, causas, sintomas e tratamentos

Novas soluções clínicas ajudam no controle de crises epiléticas e suas consequências.
A epilepsia é uma doença física que causa alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, indicando que um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável causando reações físicas conhecidas como crises epilépticas. Essa condição pode ocorrer a partir de infecções do sistema nervoso central, acidentes vasculares cerebrais, tumores, traumatismos cranianos, alterações no desenvolvimento do cérebro durante a fase fetal ou até mesmo como sintomas da própria epilepsia. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente a doença afeta cerca de 65 milhões de pessoas, sendo aproximadamente 1,9 milhão só no Brasil. 
Os sintomas são os mais variados e as crises epiléticas duram alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhada por manifestações clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória. Segundo a neurologista Dr.Fabiana Lima, a doença não tem cura, mas o uso correto da medicação, sempre indicado pelo médico neurologista é que vai ajudar a controlar as crises e suas consequências. “O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam às descargas elétricas cerebrais, que dão origem as crises epilépticas”, afirma a especialista. 
Os remédios para controle da epilepsia atuam de diferentes formas. Em geral diminuindo a liberação dos transmissores que excitam aquela área propensa a ter crises ou estimulam a liberação de transmissores que tentam diminuir essa excitação. A Dr.Fabiana Lima alerta que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. “Siga sempre à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes”, lembra a neurologista. A especialista ressalta ainda que quando utilizado de forma adequada, as medicações controlam as crises em 70% dos pacientes e o sucesso do tratamento depende fundamentalmente do paciente. 
Para o tratamento eficaz da doença, hoje a indústria farmacêutica tem se preocupado e investido muito em medicamentos para o controle da epilepsia, inclusive que provoque menos efeitos colaterais, trazendo evolução nos tratamentos com novas soluções clínicas para controlar as crises epiléticas. Para terapia adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em pacientes a partir de 16 anos de idade com epilepsia, é possível encontrar no mercado hoje o medicamento antiepiléptico, com substância ativa lacosamida. Além disso, pensando no bem estar das pessoas com epilepsia, uma grande novidade chega ao mercado no primeiro semestre de 2016, que é medicamento  antiepiléptico inovador indicado como monoterapia para o tratamento de crises focais, com ou sem generalização secundária em pacientes a partir dos 16 anos com diagnóstico recente de epilepsia, a solução oral é indicada como terapia adjuvante no tratamento de crises  epilépticas focais em adultos, crianças e bebês a partir de 1 mês de idade com epilepsia; além disso, apresenta  aprovação para crises convulsivas mioclônicas em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos, com epilepsia mioclônica juvenil; e crises  tônico-clônicas primárias generalizadas em adultos e crianças com mais de 6 anos de idade, com epilepsia idiopática generalizada. 
Segundo Dr.Fabiana Lima, é importante ressaltar que a falta de controle das crises epilépticas pode ocorrer porque as pessoas se esquecem de tomar os medicamentos, na suspensão do remédio sem orientação médica, ou algumas vezes tentando a “experiência” de pausar o medicamento imaginando-se curado. Essas condutas geralmente levam ao fracasso do tratamento. “É possível viver bem com epilepsia e ter uma vida plena desde que tenha o tratamento adequado, o que pode diminuir ou até zerar a quantidade de crises”, conclui Dr.Fabiana Lima.

Fonte: JB

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