quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Portugueses criam sistema 3D para ajudar pacientes com epilepsia

Novo sistema, o primeiro do mundo a três dimensões, está a ser testado num hospital na Alemanha
Uma equipa liderada por investigadores portugueses criou o primeiro sistema 3D do mundo que ajuda médicos a diagnosticar e a estabelecer tratamentos para doentes com epilepsia e outras doenças neurológicas, como a Parkinson. A tecnologia está em teste há um ano num hospital alemão.
"O nosso sistema 3D consegue extrair trajetórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados e, em conjunto com o EEG (eletroencefalografia), oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e decisões terapêuticas em epilepsia", diz o responsável pelo projeto João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência.
O sistema, explica um comunicado do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Tecnologia e Ciência, não obriga a nenhuma intervenção no doente ou na cama onde os pacientes são monitorizados, já que junta vídeo com imagem de alta qualidade a um radar de infravermelhos de alta velocidade para obter 30 imagens 3D por segundo. Motivo pelo qual os custos associados são baixos, o que pode tornar a tecnologia ainda mais interessante e mais fácil de generalizar.
Para já a tecnologia, que é desenvolvida em parceria com as universidades de Aveiro, de Munique e Técnica de Munique, está a ser usado em ambiente hospitalar, em Munique (Alemanha), num centro médico que serve oito milhões de habitantes na área da neurologia. O objetivo é agora por disponibilizar este sistema a outras unidades de monitorização de epilepsia.
O trabalho desenvolvido pela equipe portuguesa foi publicado recentemente na revista PLoS ONE.

Fonte: Diário de Notícias





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