quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

75% das pessoas com epilepsia estão sem tratamento

 
Em países de baixa renda, 75% das pessoas que vivem com epilepsia não recebem tratamento adequado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em novo relatório sobre a doença, a agência da ONU aponta que a falta de acesso à terapia pode aumentar o risco de morte prematura e condenar indivíduos com epilepsia a uma vida permeada por estigma.

“A lacuna no tratamento para a epilepsia é inaceitavelmente alta, uma vez que sabemos que 70% das pessoas com a doença podem ficar livres de crises ao terem acesso a medicamentos que podem custar apenas cinco dólares por ano e ser administrados na atenção primária de saúde”, afirma Tarun Dua, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, afetando quase 50 milhões de pessoas. É uma condição caracterizada por uma atividade elétrica anormal do cérebro — o que causa convulsões ou comportamento e sensações incomuns. A doença também pode levar à perda de consciência.

A epilepsia pode se desenvolver em pessoas de todas as idades, com um número maior de incidência entre crianças e pessoas com mais de 60 anos. A patologia tem consequências neurológicas, cognitivas, psicológicas e sociais.

O risco de morte prematura entre pessoas com epilepsia é até três vezes maior do que entre a população em geral. Em países de baixa e média renda, a taxa de morte prematura entre indivíduos com esse problema de saúde é significativamente maior do que nas nações de renda alta.

As razões que explicam a mortalidade prematura acentuada estão provavelmente associadas à falta de acesso aos serviços de saúde quando as convulsões são duradouras ou ocorrem sem período de recuperação. A OMS também aponta para as chamadas causas evitáveis, como afogamento, ferimentos na cabeça e queimaduras.

Aproximadamente metade das pessoas adultas com epilepsia tem pelo menos outro problema de saúde. Os mais comuns são depressão e ansiedade — 23% dos adultos com epilepsia apresentarão depressão clínica ao longo da sua vida e 20% sofrerão com ansiedade. Condições de saúde mental como essas podem piorar as convulsões e reduzir a qualidade de vida.



Fonte: OMS

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