terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O que os brasileiros pensam sobre o uso medicinal da maconha

Menos de um terço aprova plenamente a liberação de medicamentos derivados da planta

Nesta semana, os médicos brasileiros foram autorizados pelo Conselho Federal de Medicina a prescrever um composto de canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, para o tratamento de formas severas de epilepsia. É uma antiga reivindicação dos pais de crianças que sofrem convulsões impossíveis de serem controladas pelos medicamentos convencionais. A substância não é aprovada para venda no Brasil. Para importá-la, cada família deverá pedir autorização individualmente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Apenas os neurologistas e os psiquiatras poderão prescrever o derivado da maconha, em dosagens pré-determinadas pelo CFM. A aprovação é um alento para as famílias que enfrentavam grandes dificuldades para conseguir as prescrições, mas pouco se sabe sobre a eficácia da substância. Nos Estados Unidos, onde é vendido em spray, pomada e até xampu, o canabidiol é considerado seguro pela agência que regula medicamentos (FDA). Apesar disso, ela não permite que a indústria alegue propriedades medicinais porque as pesquisas realizadas até hoje envolveram  um pequeno número de pacientes.

Jovem segura muda de cannabis produzida em sua casa, em Montevidéu, no Uruguai. Texto aprovado pela Câmara dos Deputados prevê o cultivo, distribuição e comércio da droga sob regulação do Estado (Foto: AP Photo/Matilde Campodonico)
Jovem segura muda de cannabis produzida em sua casa, em Montevidéu, no Uruguai. Existem dúvidas sobre o uso medicinal da maconha

Recentemente, o pesquisador Orrin Devinsky conseguiu autorização do FDA para realizar um estudo amplo sobre os benefícios do canabidiol. Em pesquisas anteriores, ele demonstrou que o composto foi capaz de diminuir em 50% das crises epiléticas de 30% dos pacientes. Cerca de 10% deles se livraram das convulsões. É um caminho promissor, mas há mais dúvidas que certezas – não apenas no campo científico.
A população brasileira está dividida em relação ao uso desses medicamentos. É o que revela uma pesquisa divulgada com exclusividade por esta coluna. Ela foi realizada no final de setembro, em parceria com o Datafolha, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), uma entidade privada de pesquisa e pós-graduação para a formação de profissionais para o mercado farmacêutico.
Foram entrevistadas 2.162 pessoas, pessoalmente, em 134 municípios de todas as regiões do país. Apenas 27% concordam plenamente com a liberação de medicamentos feitos com ingredientes da maconha. Outros 13% concordam parcialmente. O grupo dos que discordam corresponde a 44%. Os que não sabem avaliar são 6%.
A aprovação ao uso do canabidiol é maior entre os mais jovens e com mais acesso à internet. Na faixa dos 25 aos 34 anos, 56% aprovam o uso. Com o avanço da idade, a porcentagem cai até chegar a 31% a partir dos 60 anos.
Entre as pessoas que são a favor da liberação da venda de medicamentos feitos com maconha destacam-se, com maior representatividade:

- Região Sudeste – 43%
- Região Metropolitana – 42%
- Homens – 44%
- Jovens (16 a 24 anos) – 47%
- Os mais escolarizados (nível superior) – 52%
- Classes mais altas (A/B) – 48%
- Os que fazem compras pela internet – 55%


“O índice de aprovação ao uso do canabidiol no Brasil ainda é muito baixo”, diz Marcus Vinicius Andrade, diretor de pesquisa do ICTQ. “De modo geral, o brasileiro desconfia da evolução da ciência e de novas drogas. É como se ainda estivéssemos na Revolta da Vacina”, diz. “Quando se trata de um composto derivado da maconha, o preconceito aumenta porque as pessoas o associam à criminalidade”.



Segundo Andrade, a população ainda não entendeu o que está sendo discutido. Confunde o uso do canabidiol como medicamento com fumar maconha para fins medicinais e com a liberação da droga para fins recreativos.

Se os entrevistados resistem à ideia do uso de derivados de maconha em situações específicas e controladas, eles são ainda mais céticos quando se trata da hipótese de fumar maconha na tentativa de aliviar sintomas de doenças. Embora alguns grupos defendam essa ideia, o Brasil está longe de adotá-la.
A nova pesquisa revela que 56% dos entrevistados são contra a liberação da venda de maconha in natura para uso medicinal em farmácias, como ocorre em alguns estados americanos e em outros países. Aqui uma coluna sobre as consequências da adoção dessa medida nos Estados Unidos. Separar paixões e interesses comerciais quando se discute maconha é fundamental para que o Brasil e os brasileiros tomem decisões sensatas e baseadas em evidência científica.

Fonte: Época - (Cristiane Segatto)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Como o cérebro usa glicose para abastecer o auto-controle

Novas experiências mostram baixos níveis de glicose e problemas de auto-controle estão ligados.

Wall Street Journal publicou na sexta-feira (5/12) um artigo com um estudo científico recente sobre a influência da glicose no cérebro e no comportamento. “A energia do vapor coloca em movimento turbinas enormes e pesadas. O cavalo-vapor envolve explosões, com motores impulsionando carros na estrada.  A energia solar utiliza o incrível poder do próprio sol e poderá algum dia iluminar cidades inteiras”, diz a matéria de Robert M. Sapolksy.
Ele prossegue: “Mas a força de vontade parece diferente. Por um motivo, costuma mais descrever inatividade disciplinada, como resistir a uma tentação, do que uma ação perceptível. Enquanto os cavalos metafóricos produzem cavalo-vapor e o sol produz energia-solar, não é fácil enquadrar  ‘vontades’ de uma forma equivalente. Não vai dar certo dizer ‘A loja de doces foi logo ocupada por milhares de vontades frenéticas, mostrando suas formidáveis forças de vontade ao recusar comprar qualquer coisa’.
Porém, acontece que a “força” contida na expressão “força de vontade” não é uma figura de linguagem. O cérebro é uma entidade biológica de sangue e vísceras tão real quanto… seu sangue e suas vísceras. O cérebro requer toneladas de energia — em repouso, consome cerca de 25% de nossa glicose que circula no organismo, apesar de constituir apenas cerca de 3% do peso do seu corpo”, escreve Sapolksy. 
“A medida em que você desenvolve um comportamento específico, a taxa de consumo de glicose pula na região pertinente do cérebro. Se você ouve uma sinfonia, seu córtex cerebral auditivo eleva a taxa  metabólica. Se você aprende algo novo, é o  hipocampo que dispara. Sapateado acende o córtex motor. E quando você está manifestando força de vontade, pensando, “Não faz isso, não faz isso, você vai se arrepender...” é seu córtex frontal que entra em ação.
Um trabalho desenvolvido por vários cientistas, com destaque para Roy Baumeister da Florida State University, mostra o quão literal é o poder por trás da força de vontade. 
Vamos supor que os pesquisadores fazem o córtex frontal de uma pessoa trabalhar duro com uma tarefa cognitiva de auto-controle - por exemplo, recitar rapidamente os meses do calendário para trás, resistindo à tentação de listá-los na direção fácil, para frente. Quando você aumenta uma ‘carga cognitiva’ como essa no córtex frontal de alguém, ele ou ela mostra menos auto-controle em tarefas subsequentes — assim como um músculo que andou fazendo exercícios pesados, e depois resiste em ter que te mover para mais um passo”, diz a matéria do Wall Street Journal.
O jornalista prossegue: “Além disso, durante uma dura tarefa de auto-controle, os níveis de circulação de glicose despencam, consumidos por neurônios frontais que trabalham duro. E, notadamente, o auto-controle melhora se a pessoa ingere bebidas açucaradas durante a tarefa (com os demais participantes da pesquisa consumindo bebidas sem açúcar).
Então se o auto-controle requer energia (e portanto glicose), os pesquisadores podem rastrear a luta do cérebro para controlar impulsos agressivos vendo níveis baixos de glicose? Brad Bushman da Ohio State University e seus colegas exploraram essa questão num artigo publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Sciences.
Duplas de casais voluntários tiveram seus níveis de açúcar no sangue monitorados diariamente por semanas. A cada noite os participantes listavam o nível de qualquer raiva que estavam sentindo pelo(a) parceiro(a). Os participantes indicaram seus níveis de raiva através do número de alfinetes que espetavam num boneco de vodu que representava o(a) parceiro(a). A técnica não-ortodoxa de medida mostrou que quando os níveis de glicose no sangue estavam mais baixos, as pessoas tendiam a espetar mais alfinetes.
Será que essa relação entre níveis de glicose e impulsos agressivos se traduz em comportamento de pessoa para pessoa também? Casais, sentados em quartos diferentes, em seguida jogaram um game competitivo no computador que acabou com o perdedor recebendo uma rajada de um barulho desagradável. Participantes decidiam o volume do barulho que seu parceiro teria que ouvir — até 105 decibéis. Mais uma vez, quanto mais leves os níveis de glicose, o mais alto e longo era o barulho infligido no ser  amado”.
“Podem tirar várias lições desses resultados. Em primeiro lugar, parceiros talvez devessem comer chocolate antes de ter discussões tensas (a não ser que seja uma discussão sobre alguém que está trapaceando na dieta). De forma mais ampla, o efeito da glicose baixa no sangue sobre a força de vontade e o julgamento se encaixa em uma história maior sobre como o stress tem os mesmos efeitos ruins (e perturba a função do córtex frontal) quando se trata de comportamento violento também. A maior lição é que quem somos e o que fazemos deve ser sempre considerado no contexto da biologia que ocorre dentro de nós”, conclui o artigo.

Fonte: Jornal do Brasil

sábado, 27 de dezembro de 2014

O homem que produz proteínas com a força do pensamento

Martin Fussenegger quer que você use melhor o próprio cérebro. Fusseneger é professor do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça. Há mais de 20 anos, busca formas de controlar o comportamento de células de mamíferos. É capaz de, usando feiches de luz, forçá-las a produzir proteínas que fazem bem para o corpo. Descobriu, agora, que consegue o mesmo resultado usando somente a força do pensamento: “Fomos os primeiros a descobrir como usar a mente para controlar a ação de uma célula”, diz o pesquisador.
O trabalho de Fusseneger lembra uma história de ficção científica. Em um artigo recém-publicado na revista Nature Comunications, Fusseneger descreve como usar ondas cerebrais geradas por humanos para controlar o funcionamento de genes de ratos. No experimento, pensamentos humanos ativaram uma espécie de implante luminoso instalado sob a pele dos ratinhos. A luz estimulou a ação de um gene, que desencadeou uma série de reações químicas e a produção, no corpo do animal, de uma proteína. A quantidade de proteína produzida variava conforme a concentração do humano: quanto mais relaxado, melhor.
Seu objetivo é usar a nova técnica para tratar pessoas paralisadas, com parkinson ou epilepsia. Elas não precisariam da ajuda de ninguém para se medicar: bastaria pensar para que implantes fizessem suas células despejar, na corrente sanguínea, as substâncias que as fariam se sentir melhor. “Dentro de dez anos, essa técnica estará disponível para uso médico”, afirma o professor. Para chegar a esse resultado, ele precisou mesclar duas tecnologias ainda em desenvolvimento. A inspiração veio de um brinquedo para crianças.

Uma das tecnologias usadas é especialidade de Fussenegger. Em 2011, sua equipe foi pioneira na utilização de uma técnica chamada optogenética. Os cientistas descobriram que alguns genes reagem à presença de luz – entram em ação e começam a produzir proteínas quando irradiados. Esses genes podem ser implantados dentro de células de mamíferos. Fussenegger e seu time implantaram os genes sensíveis à luz nas células de ratos. Sob a pele dos animais, inseriram um implante de LED que emitia luz próxima do espectro infravermelho e que podia ser ligado por controle remoto. Quando o pesquisador apertava o botão, a luz acendia e os genes entravam em ação.
Microbiólogo de formação, Fussenegger se apaixounou pela optogenética.  A ideia de dominar o funcionamento de células o seduziu em 1996, quando começou a trabalhar no instituto de tecnologia de Zurique.”Nós queríamos usar células de mamíferos para produzir proteínas terapêuticas”, diz. “Isso me deixou interessado no uso da microbiologia e da biotecnologia na criação de terapias para humanos.” O sucesso do experimento com os implantes luminosos o convenceu de que era possível criar tratamentos nos quais, em lugar de receitar remédios, o médico induziria as células do paciente a produzir aquilo de que ele precisava.

Fussenegger passou os últimos quatro anos buscando meios de aperfeiçoar esse mecanismo: “Quando você passa muito tempo pensando a respeito disso, acaba lhe ocorrendo: E se usássemos a mente?” A conclusão de Fussenegger tinha explicação lógica: para ligar os implantes luminosos, usava-se eletricidade. O mesmo tipo de sinal elétrico que mantém nossos cérebros funcionando. “No fim, o cérebro humano funciona à base de energia elétrica. Achei que fosse possível usá-la.” Faltava descobrir como
A solução veio de um jogo para crianças chamado Mindflex. Nele, competidores usam uma espécie de aparelho de eletroencefalograma. As ondas cerebrais registradas pelo brinquedo movem uma bolinha através de obstáculos. Fussenegger percebeu que poderia usar pensamentos para acender a lâmpada.
Essa não era, propriamente, uma solução inovadora. Desde os anos 1970, cientistas buscam maneiras de conectar o cérebro humano a máquinas. Acumularam sucessos desde então. As interfaces cérebro-máquina já permitiram que humanos controlassem braço mecânicos, movessem cadeiras de rodas e colocassem para funcionar um exoesqueleto mecânico que devolveu movimentos a  um paciente tetraplégico. O Brasil tem destaque na área. Na abertura da Copa do Mundo de 2014, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis usou um exoesqueleto para fazer um homem tetraplégico colocar uma bola em campo.
Fusseneger refez esse caminho. Conectou um aparelho de eletroencefalograma ao crânio de seis pessoas. Elas foram instruídas a relaxar ou se concentrar. Para relaxar, pensavam em coisas boas, como as últimas férias de verão. Para se concentrar, jogavam videogame. Cada um desses estados mentais gerava uma onda cerebral diferente, que o aparelho captava. Os pensamentos eram enviados para um processador que os traduzia: transformava em instruções para determinar por quanto tempo a luz dos implantes sob a pele dos ratinhos deveria permanecer acesa. A luz estimulou um conjunto de genes que desencadearam uma série de reações químicas e, de repente, Fussenegger se deu conta de que o experimento dera certo. “Ficamos extremamente animados”, diz ele. “É o tipo de sentimento que o impulsiona a continuar a criar.”
Sua equipe tenta, agora, refinar o aparelho. A ideia é mover os implantes – tirá-los dos ratinhos para colocá-los em humanos. Eles ajudariam no tratamento de doenças que eliminam o controle da pessoa sobre o próprio corpo, como epilepsia e dor crônica. Fussenegger afirma que essas doenças geram ondas cerebrais específicas. A ideia é identificar essas ondas. Quando um surto de epilepsia estivesse prestes a começar, por exemplo, o aparelho de eletroencefalograma – uma faixa na testa do paciente – se daria conta do problema. Enviaria um sinal para o implante luminoso que despejaria na corrente sanguínea a substância necessária para aliviar as convulsões. A pessoa nem precisaria pensar muito a respeito. Seu cérebro faria tudo.  O mesmo sistema ajudaria pacientes completamente paralisados. Aqueles que sofrem da síndorme de locked-in – não conseguem mover sequer um músculo, mas continuam conscientes, como que aprisionados em seus corpos. Iisso lhes daria alguma autonomia e conforto.

Testes com implanetes em humanos ainda não começaram. Fussenegger está animado: “Num futuro distante, e isso soa como ficção científica, pode ser possível cuidar de si mesmo apenas pensando”, diz ele. ”Será tão fácil quanto tomar um comprimido”.
Época







 

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cérebro esta sendo alterado pela tecnologia do século XXI

Uso frequente de smartphones aumenta resposta da mente a estímulos nos dedos


Sensibilidade: polegares se mostraram os dedos mais sujeitos ao fenômeno que intensifica a sua representação nos processos sensoriais de sistema no córtex cerebral
Foto: AP/Robert F. Bukaty
Sensibilidade: polegares se mostraram os dedos mais sujeitos ao fenômeno que intensifica a sua representação nos processos sensoriais de sistema no córtex cerebral

Presente mais cobiçado dos brasileiros neste Natal, os smartphones, com suas telas sensíveis ao toque, promovem alterações no cérebro de seus usuários, aumentando a resposta a estímulos nos dedos. O fenômeno, fruto do chamado sistema somatossensorial, é similar ao já observado em atletas de elite e músicos virtuosos — como no caso do tenista que descreve a raquete como uma extensão de seu braço ou do violinista que sente o instrumento como uma parte de seu corpo. Pela primeira vez, no entanto, isso pôde ser constatado em pessoas comuns praticando atividades corriqueiras. Com isso, os cientistas esperam ter encontrado uma poderosa ferramenta para investigar mais a fundo o intrigante campo da plasticidade cerebral e como o órgão se adapta para lidar com situações do dia a dia.
— Os smartphones nos oferecem uma oportunidade para entender como a vida normal afeta os cérebros de pessoas — diz o neurocientista Arko Ghosh, pesquisador da Universidade de Zurique, na Suíça, e principal autor de artigo sobre o estudo, publicado ontem na última edição do periódico científico “Current Biology”. — À primeira vista, esta descoberta parece comparável ao que acontece com os violinistas. As tecnologias digitais que usamos diariamente estão moldando os processos sensoriais em nossos cérebros, e em uma escala que nos surpreendeu.

Atualizações frequentes do sistema

Para o estudo, os pesquisadores submeteram 37 voluntários (26 usuários de smartphones e 11 de celulares antigos), todos destros, a exames de eletroencefalografia (EEG) enquanto estimulavam com breves e leves toques o polegar, o indicador e o dedo do meio da mão direita deles. Os resultados mostraram que a atividade cerebral em resposta aos estímulos nestes dedos era mais intensa entre as pessoas que usam os smartphones.
À diferença do que acontece com os violinistas, no entanto, o experimento revelou que o período em que a pessoa usa um smartphone não afetou significativamente os resultados. A pesquisa também evidenciou uma correlação linear entre o tempo passado desde o último uso do aparelho e a intensidade da resposta cerebral, em especial no caso do polegar, que se mostrou mais sensível quanto menor este intervalo. Nas pesquisas com os músicos, o nível desta atividade se mostrou relacionada à idade com que eles começaram a tocar o instrumento e não foi influenciada pelo período passado desde a última vez que o usaram.
Segundo os pesquisadores, essas diferenças indicam que os movimentos repetidos e repetitivos sobre as telas sensíveis ao toque nos smartphones rearranjam os processos sensoriais dos estímulos vindos da mão, com atualizações frequentes da representação cerebral das pontas dos dedos. Para eles, isso leva a uma ideia notável:
— Propomos que o processamento sensorial no córtex do cérebro contemporâneo está sendo continuamente moldado pela tecnologia digital — aponta Ghosh. — Creio que primeiro devemos levar em conta o quão comum estes aparelhos digitais pessoais são e o quanto as pessoas fazem uso deles. Para nós, neurocientistas, isso significa que a história digital que carregamos em nossos bolsos tem uma enorme quantidade de informação sobre como usamos as pontas de nossos dedos e além. Fiquei realmente surpreso com a escala das mudanças introduzidas em nossos cérebros pelo uso dos smartphones e abismado com o quanto das variações interindividuais nos sinais cerebrais associados às pontas dos dedos podiam ser explicadas simplesmente pela análise do histórico de uso dos aparelhos.
Os cientistas, porém, alertam que essas constantes atualizações do sistema somatossensorial por influência da tecnologia digital podem ter seu lado negativo. É esse sistema que constrói uma imagem de nosso corpo à qual podemos assimilar elementos externos, como roupas, chapéus ou a raquete do tenista. No artigo, os pesquisadores citam outros estudos que indicaram uma associação entre extensas reorganizações do córtex somatossensorial a casos de dores crônicas nas costas, além da ligação entre o uso excessivo de smartphones a disfunções motoras.

Fonte: O GLOBO


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

TV UOL / Opiniões de psiquiatras sobre a regulamentação do canabidiol no Brasil

A história de uma menina de cinco anos levou para a sociedade uma discussão que já vinha confrontando neurologistas, psiquiatras, psicólogos e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Anny Fischer tem uma doença rara e epilepsia grave. Para tratar as constantes convulsões, os pais da garota começaram a importar ilegalmente o canabidiol, uma das 80 substâncias presentes na maconha e usada como remédio. No Brasil, a substância não pode ser vendida porque não tem registro da Anvisa. Para discutir o uso, benefícios, efeitos e a possível regulamentação da venda do canabidiol no país, o Debate Brasil recebe Sérgio Paula Ramos, psiquiatra da Abead, e Fábio Gomes de Matos e Souza, psiquiatra da Universidade Federal do Ceará. 

Acesse os links:




Fonte: TV UOL






terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Importação de canabidiol, terá regras simplificada pela Anvisa

Medida foi anuncia durante reunião com diretores do órgão e pais cujos filhos sofrem de epilepsia grave.


Pais manifestam em frente à sede da Anvisa, em Brasília. Anny Fischer é uma das participantes
Foto: Divulgação
Pais manifestam em frente a sede da Anvisa, em Brasília, Anny Fischer é uma das participantes

A importação do canabidiol (CBD) — substância da maconha usada no tratamento de crises epilépticas recorrentes, entre outras doenças — terá regras simplificadas. A medida foi anunciada, nesta quinta-feira, num encontro na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília, em que o diretor-presidente substituto, Jaime Cesar de Moura Oliveira, e o diretor relator do processo, Renato Porto, receberam famílias que reivindicam a desburocratização do acesso a medicamentos à base do componente para uso em crianças que sofrem síndromes graves.
A iniciativa é mais uma em direção à reclassificação da substância, que hoje está na lista de proibidas e passaria para a de uso controlado. Na verdade, esperava-se que a decisão fosse tomada nesta quinta-feira, mas a reunião pública da diretoria foi cancelada, segundo a Anvisa, por “problema de agenda dos diretores”.
— A Anvisa cancelou mais uma vez a votação da diretoria colegiada, dessa vez com a desculpa de que não teria quórum — lamentou Margarete Brito, mãe de Sofia, que tem CDKL5 e teve grande melhora com o uso do CBD importado, ainda clandestinamente.
Moradora do Rio, Margarete era uma das mães que iria à Brasília participar da reunião pública da Anvisa, mas que acabou se transformando numa manifestação em frente à sede do órgão. Eles seguravam cartazes com dizeres como “A vida não espera” e “E se fosse seu filho...”.


com reunião cancelada, pais protestam em frente a sede da Anvisa


Esta é a segunda vez que a decisão sobre a liberação pela Anvisa é adiada. A primeira ocorreu no dia 29 de maio, quando uma reunião chegou a ser realizada, mas na qual nada foi decidido. A nova reunião está prevista apenas para a segunda quinzena de janeiro, provavelmente no dia 15, mas Norberto Fischer, pai de Anny — também portadora de CDKL5 — elogiou a reunião improvisada.
— Fomos recebidos por dois diretores da Anvisa, e os pais saíram satisfeitos — afirma Fischer.— Uma das simplificações é que a autorização especial para importação passará a ser anual, e não a cada remessa, como vinha ocorrendo, o que dificultava muito o processo.
Embora o CBD continue na lista de substâncias proibidas, a Anvisa recebe pedidos de importações especiais do produto. Dos 338 pedidos de excepcionalidade encaminhados à agência até esta quinta-feira, 283 foram autorizados.

— Segundo os diretores, todas as unidades técnicas são favoráveis à reclassificação. Agora é uma decisão política da diretoria — acrescenta Fischer.

As novas regras da Anvisa



A nova regra de importação vale para produtos à base de canabidiol, por pessoa física e para uso próprio. A partir de agora, a documentação apresentada pelos interessados na importação terá validade de um ano, sendo necessária apenas a apresentação da receita médica a cada novo pedido de importação.

A pessoa que desejar realizar a primeira importação de CBD deverá preencher formulário com dados gerais, apresentar prescrição e laudo médico. O solicitante também deverá assinar termo de responsabilidade juntamente com o médico responsável pelo tratamento.
Se houver necessidade de nova importação no período de um ano, o paciente ou o responsável legal enviará um e-mail  com nova prescrição médica indicando o quantitativo necessário.

A agência vai acompanhar os quantitativos importados para ter uma visão sobre o total de produtos importados.

Será publicado ainda pela Anvisa um passo a passo para a solicitação da autorização de importação excepcional de produtos à base de CBD em associação com outros canabinoides.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Decisão do Conselho Federal de Medicina de liberar o canabidiol é publicada no Diário Oficial

Médicos podem prescrever componente da maconha para tratar epilepsia. Substância só pode ser importada com autorização especial da Anvisa.

Medicamento Canabidiol tem substâncias derivadas da maconha (Foto: Reprodução/Globo)
Medicamento canabidiol tem componente derivado da maconha

O Diário Oficial da União publicou, nesta terça-feira (16), decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) de liberar a prescrição do canabidiol, composto da maconha, para tratamento de crianças e adolescentes com epilepsia e convulsões que não tenham respondido bem a outros remédios. A decisão já tinha sido anunciada pelo conselho nesta quinta-feira (11).
De acordo com a decisão, a prescrição é restrita a neurologistas, neurocirurgiões e psiquiatras. Segundo a entidade, os médicos autorizados a prescrever a substância deverão ser previamente cadastrados em uma plataforma online. Já os pacientes serão acompanhados por meio de relatórios frequentes feitos pelos profissionais.
Pela norma, pacientes ou os responsáveis legais deverão ser informados sobre os riscos e benefícios do uso do canabidiol e, então, assinar o termo de consentimento. Além disso, a decisão do conselho deverá ser revista no prazo de dois anos.
De acordo com o conselho, o uso da substância deve ser restrito a crianças e adolescentes menores de 18 anos – mas quem eventualmente use o medicamento antes dessa idade pode continuar o tratamento mesmo após ficar maior de idade.
As doses variam de 2,5 miligramas diários por quilo de peso do paciente a até 25 miligramas, dependendo do caso. A estimativa do conselho é que o limite diário total fique entre 200 miligramas e 300 miligramas por paciente.

Cerca de 600 mil italianos já recebem medicamentos feitos a partir da cannabis (Foto: Thinkstock)
Para comprar canabidiol é preciso ter autorização especial da Anvisa

Proibição

A regra aprovada pelo conselho veda a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, assim como todos os outros compostos além do canabidiol. A Anvisa é a responsável por avaliar o grau de pureza do composto.

Apesar de os médicos passarem a poder receitar o canabidiol, a substância continua classificada pela Anvisa como de uso proscrito. Isso significa que os medicamentos só podem ser importados com uma autorização especial concedida pelo diretor da agência. Pacientes têm de apresentar prescrição médica e uma série de documentos e o pedido leva, em média, uma semana para ser avaliado pela agência.
A Anvisa estuda atualmente mudar o processo de importação de medicamentos à base de canabidiol, retirando-o da lista de substâncias de uso proscrito e o reclassificando como substâncias de controle especial (comercializado com receita médica de duas vias).
Até 3 de dezembro, a Anvisa já tinha recebido 297 pedidos de importação de canabidiol, dos quais 238 já tinham sido autorizados, 17 aguardavam o cumprimento de exigências pelos interessados e 34 estavam em análise pela área técnica. Saiba mais sobre a substância:

O que é o canabidiol (CBD)?
É uma substância química encontrada na maconha que, segundo estudos científicos, tem utilidade médica para tratar diversas doenças, entre elas, neurológicas. Medicamentos comercializados no exterior já utilizam a substância da Cannabis sativa.
Para quais tipos de tratamento é usado?
O canabidiol pode ser usado para alívio de crises epilépticas, esclerose múltipla, câncer e dores neuropáticas (associadas a doenças que afetam o sistema nervoso central).
Como se compra o medicamento?
Segundo a Anvisa, o canabidiol está inserido na lista de substâncias uso proscrito no Brasil, chamada de F2, por ser derivado da Cannabis sativa, nome científico da maconha.
Interessados em importar remédios com a droga têm que apresentar prescrição médica e uma lista de documentos para a Anvisa, que serão avaliados pelo diretor da agência. Ele dará uma autorização especial, que demora, em média, uma semana para ser liberada.
Como poderá ser a compra no futuro?
A proposta da agência é que o canabidiol seja reclassificado para a relação de outras substâncias sujeitas a controle especial, chamada de C1. Caso a Diretoria Colegiada da Anvisa aprove, o canabidiol poderá ser importado ou encomendado de qualquer parte do mundo, desde que o comprador tenha em mãos uma receita médica em duas vias.
Fonte: G1



















quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Células-tronco para controlar crises epiléticas

Pesquisadores injetaram as células no cérebro de camundongos - metade deles parou de convulsionar completamente.

Estima-se que mais de 65 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas pela epilepsia, síndrome caracterizada por crises convulsivas, perda de consciência e outros sintomas neurológicos. Ainda não se sabe a causa exata do distúrbio, mas os cientistas acreditam que pode estar relacionada à baixa população de interneurônios, células com função integradora. Agora, pesquisadores da Universidade Harvard reforçam essa hipótese ao sugerir que o transplante de células-tronco pode ser uma alternativa de tratamento para a síndrome, principalmente para a minoria de pacientes que não responde aos medicamentos anticonvulsivantes, segundo publicaram na Cell Stem Cell.
A neurobióloga Sangmi Chung e sua equipe injetaram neurônios derivados de células-tronco embrionárias humanas no cérebro de camundongos que tinham síndromes epiléticas. Observaram que cerca de metade parou completamente de convulsionar e que os restantes tiveram queda significativa na frequência das crises. “As células enxertadas se integraram”, comemora Sangmi. “Receberam sinais excitatórios das células ‘anfitriãs’ e de volta geraram respostas inibitórias que reverteram a hiperatividade elétrica que gera as convulsões.”
Mas, embora os resultados sejam encorajadores, a neurobióloga alerta para a necessidade de estudos com primatas antes de considerar tratamentos em humanos. Argumenta que é preciso encontrar uma maneira de filtrar os neurônios, de forma que apenas aqueles capazes de inibir as crises – os interneurônios – sejam transplantados. “As células-tronco embrionárias podem se diferenciar em vários tipos, mesmo quando as manipulamos para se transformar em neurônios. Para fins clínicos, é preciso certificar-se de que todas são seguras, sem nenhum perigo de contaminação. Agora estamos trabalhando para isolar especificamente os interneurônios”, diz Sangmi.

Fonte: Mente e cérebro




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Roupa inteligente facilita tratamento e prevenção de epilepsia

Projeto ganhou prêmio que reconhece tecnologias para salvar vidas


Traje consegui criar analise do estado de saúde do paciente
Apesar da grande maioria dos lançamentos de tecnologias vestíveis estarem relacionadas ao mundo de exercícios físicos e fitness, existem projetos que pretendem criar roupas voltadas para tratamento e prevenção de doenças sérias.
A BioSerenity é uma startup que está criando uma roupa que promete diagnosticar e identificar crises de epilepsia. De acordo com a empresa, isso facilitaria tanto o tratamento quando a prevenção dos ataques.
Em entrevista para a BBC, o chefe executivo do projeto Pierre Frouin explica que além de prevenir crises, a roupa poderá ajudar a analisar as atividades cerebrais dos pacientes, sendo que antigamente isso só era possível em hospitais, com a pessoa deitada em uma maca e sem poder realizar movimentos bruscos.
Os pacientes que possuírem a roupa em casa poderão contar com um acompanhamento constante do estado de saúde, já que as informações serão automaticamente enviadas para o smartphone do responsável, além de avisos antecipados de quando um ataque está por vir. Dessa maneira, dá para evitar que a pessoa se machuque durante a crise batendo a cabeça ou mordendo a língua.
Além disso, os médicos podem acessar um relatório feito pelo próprio aplicativo das atividades cerebrais do paciente mesmo estando a distância, já que o programa salva o arquivo na nuvem.
Por enquanto, uma das principais preocupações da BioSerenity é desenvolver uma roupa que seja durável, tanto em qualidade quanto pelos sensores, que devem funcionar perfeitamente para que os resultados sejam precisos.
E o trabalho da startup já está sendo reconhecido: o projeto venceu o Prêmio iiAwards, que premia empresas que visam a impactar de forma positiva a vida das pessoas. É provável que, no futuro próximo, pacientes com doenças graves tenham um dia a dia mais fácil com a ajuda da tecnologia.


Fonte: R7

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aura

 É uma crise parcial que acontece antes de uma crise tônico-clônica generalizada. Ela pode servir como um sinal de alerta, mas pode acontecer em seu próprio bem. A forma como ele se manifesta é diferente de pessoa para pessoa, mas normalmente as pessoas que têm auras não perdem a consciência.

domingo, 14 de dezembro de 2014

O que é a epilepsia

A epilepsia é uma desordem cerebral comum caracterizada por crises recorrentes.. O maior número de novos casos estão em idosos e crianças, mas a epilepsia pode começar em qualquer idade. Um profissional de saúde pode considerar epilepsia como um diagnóstico possível quando uma pessoa teve duas ou mais crises convulsivas. Um diagnóstico médico de epilepsia é baseado em múltiplas informações: a descrição dos episódios médico e história familiar da pessoa; e os resultados dos testes de diagnóstico. Felizmente, a epilepsia é uma condição tratável.Muitas pessoas com epilepsia (dois em cada três) vai conseguir um bom controle das crises com a medicação.

Causas da epilepsia

Traumatismo craniano, AVC ou (derrame), meningite, encefalite, lesão cerebral durante o parto, tumores cerebrais, fatores genéticos (Algumas causas genéticas de epilepsia são herdadas e podem existir outros membros da família com epilepsia, enquanto outros fatores genéticos que causam epilepsia podem ocorrer ao acaso).


Sintomas

Os sintomas são os mais variados e as crises epiléticas duram alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhada por manifestações clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, “desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da memória. Segundo a neurologista Dr.Fabiana Lima, a doença não tem cura, mas o uso correto da medicação, sempre indicado pelo médico neurologista é que vai ajudar a controlar as crises e suas consequências. “O tratamento da epilepsia é feito através de medicamentos que evitam às descargas elétricas cerebrais, que dão origem as crises epilépticas”, afirma a especialista. 
Os remédios para controle da epilepsia atuam de diferentes formas. Em geral diminuindo a liberação dos transmissores que excitam aquela área propensa a ter crises ou estimulam a liberação de transmissores que tentam diminuir essa excitação. A Dr.Fabiana Lima alerta que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. “Siga sempre à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes”, lembra a neurologista. A especialista ressalta ainda que quando utilizado de forma adequada, as medicações controlam as crises em 70% dos pacientes e o sucesso do tratamento depende fundamentalmente do paciente.

Tratamento

O maior sucesso do tratamento para a epilepsia, até agora, é o tratamento medicamentoso, que tem uma taxa de sucesso de 70 a 80 por cento em conseguir o controle das crises em pessoas com epilepsia. No entanto, existem vários tratamentos não farmacêuticos com pesquisa substancial em apoiar a sua eficácia no tratamento de tipos específicos de epilepsia ou epilepsia que a medicação sozinha não consegue controlar adequadamente.
É importante tratar a pessoa como um todo, e não apenas as crises. Uma equipe interdisciplinar incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e assistentes sociais são essenciais para as pessoas que gostariam de uma abordagem abrangente para o seu tratamento.

Opções de Tratamento

Cirurgia: Para os pacientes que não são bons candidatos para a cirurgia (ou porque eles têm crises generalizadas originárias de ambos os hemisférios do cérebro ou crises convusilvas focais originárias de uma área que poderia causar prejuízo grave se removido), as seguintes opções são:

Dieta Cetogênica: Um dos desenvolvimentos recentes mais interessantes do tratamento da epilepsia tem sido a redescoberta da dieta cetogênica. Esta dieta é ajudar as crianças cujas as crises não têm resistido até mesmo ao melhor dos modernos medicamentos anticonvulsivos.
  A dieta cetogênica, estritamente calculada, dieta terapêutica rígida muito rica em gorduras e muito pobre em proteínas e hidratos de carbono. Ela requer um forte compromisso com as crianças que terão de lidar com uma alta ingestão de alimentos gordurosos e falta de alimentos doces e saborosos.

 Terapia VNS (Estimulador do Nervo Vago):Estimulador do nervo vago envolve a implantação de um dispositivo pequeno sob a pele na caixa sob a clavícula. O dispositivo funciona semelhante a um marcapasso, enviando sinais elétricos para o cérebro através do nervo vago. Esta estimulação leve periódica ajuda a controlar as crises em alguns pacientes, embora a pesquisa ainda tem que determinar exatamente como.
O "VNS" é eficaz no controle de algumas formas de epilepsia quando as drogas anti-epilépticas são inadequadas (ou produzem efeitos colaterais intoleráveis) ou a cirurgia não é uma opção. Em alguns casos, também o VNS tem sido eficaz em parar a cries.

O que fazer durante uma crise

Mantenha a calma
Não tenha medo de ajudar
Coloque algo macio sobre a cabeça da pessoa
Coloque a pessoa de lado para que ela respire melhor
Tire objetivos que estejam perto e que possam machuca-la
Afrouxe a roupa da pessoa
Na maioria das vezes as crises são passageiras e terminam espontaneamente
Caso ela persista por mais de cinco minutos, chame uma ambulância e leve a pessoa a um hospital

O que não fazer durante uma crise

Não apavorar
Não restringir os movimentos da pessoa
Não introduza nada na boca da pessoa
Não sacudir a pessoa
Não esfregar álcool ou outra substância no corpo da pessoa
Não tentar desenrolar a lingua
A baba é saliva em excesso e não transmite epilepsia

Fonte: Epilesiy Ontario

Fonte: JB